A Verdade Sobre o Natal

O Natal é uma das principais tradições do sistema corrupto chamado Babilônia, fundado por Nimrode, neto de Cam, filho de Noé. O nome Nimrode se deriva da palavra "marad", que significa "rebelar". Nimrode foi poderoso caçador CONTRA Deus (Gn 10:9). Para combater a ordem de espalhar-se:
- criou a instituição de ajuntamentos (cidades);
- construiu a torre de Babel (a Babilônia original) como um quádruplo desafio a Deus (ajuntamento, tocar aos céus, fama eterna, adoração aos astros);
- fundou Nínive e muitas outras cidades;
- organizou o primeiro reino deste mundo.A Babilônia é um sistema organizado de impérios e governos humanos, de explorações econômicas, e de todos os matizes de idolatria e ocultismo.

Nimrode era tão pervertido que, segundo escritos, casou-se com sua própria mãe, cujo nome era Semiramis. Depois de prematuramente morto, sua mãe-esposa propagou a perversa doutrina da reencarnação de Nimrode em seu filho Tamuz. Ela declarou que, em cada aniversário de seu natal (nascimento), Nimrode desejaria presentes em uma árvore. A data de seu nascimento era 25 de dezembro. Aqui está a verdadeira origem da árvore de Natal.

Semiramis se converteu na "rainha do céu" e Nimrode, sob diversos nomes, se tornou o "divino filho do céu". Depois de várias gerações desta adoração idólatra, Nimrode também se tornou um falso messias, filho de Baal, o deus-sol. Neste falso sistema babilônico, a mãe e o filho (Semiramis e Nimrode encarnado em seu filho Tamuz) se converteram nos principais objetos de adoração. Esta veneração de "a Madona e Seu Filho" (o par "mãe influente + filho poderoso e obediente à mãe") se estendeu por todo o mundo, com variação de nomes segundo os países e línguas. Por surpreendentemente que pareça, encontramos o equivalente da "Madona", da Mariolatria, muito antes do nascimento de Jesus Cristo!

Nos séculos 4o e 5o os pagãos do mundo romano se "converteram" em massa ao "cristianismo", levando consigo suas antigas crenças e costumes pagãos, dissimulando-os sob nome cristãos. Foi quando se popularizou também a idéia de "a Madona e Seu Filho", especialmente na época do Natal. Os cartões de Natal, as decorações e as cenas do presépio refletem este mesmo tema.

A verdadeira origem do Natal está na antiga Babilônia. Está envolvida na apostasia organizada que tem mantido o mundo no engano desde há muitos séculos! No Egito sempre se creu que o filho de Ísis (nome egípcio da "rainha do céu") nasceu em 25 de dezembro. Os pagãos em todo o mundo conhecido já celebravam esta data séculos antes do nascimento de Cristo.

Jesus, o verdadeiro Messias, não nasceu em 25 de dezembro. Os apóstolos e a igreja primitiva jamais celebraram o natalício de Cristo. Nem nessa data nem em nenhuma outra. Não existe na Bíblia ordem nem instrução alguma para fazê-lo. Porém, existe, sim, a ordem de atentarmos bem e lembrarmos sempre a Sua MORTE (1Co 11:24-26).

Maria Não Teve Outros Filhos?

OS IRMÃOS DE JESUS

Os "irmãos de Jesus", de que fala a Bíblia, seriam apenas seus primos? José continuou sem conhecer sua esposa mesmo depois do nascimento de Jesus? O que dizem os comentaristas nas bíblias aprovadas pela Igreja Católica? É admissível supor que os irmãos de Jesus, que não criam nele, fossem seus apóstolos? Tentaremos encontrar respostas para essas indagações. Usaremos as seguintes versões bíblicas:



(a) A BÍBLIA DE JERUSALÉM, Paulus Editora, 1973, 8a impressão em janeiro/2000, rubricada em 1.11.1980 por Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Metropolitano de São Paulo. O trabalho de tradução foi "realizado por uma equipe de exegetas católicos e protestantes e por um grupo de revisores literários". Nas referências, será assim mencionada: Bíblia de Jerusalém.



(b) BÍBLIA SAGRADA, Edição Ecumênica, tradução do padre Antônio Pereira de Figueiredo; notas e dicionário prático pelo Monsenhor José Alberto L. de Castro Pinto, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro; edição aprovada pelo cardeal D. Jaime de Barros Câmara, Arcebispo do Rio de Janeiro; BARSA, 1964. Nas referências, será designada assim: Bíblia [católica] Sagrada.



(c) BÍBLIA APOLOGÉTICA, João Ferreira de Almeida, Corrigida e Revisada, ICP Editora, 2000, notas do Instituto Cristão de Pesquisas. Será assim indicada: Bíblia Apologética.



(d) BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, Almeida, revista e corrigida, Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), 1995. será referida: Bíblia de Estudo Pentecostal.



Inicialmente, veremos os versículos que falam dos "irmãos de Jesus", extraídos da Bíblia [católica] de Jerusalém:



"Não é ele o filho do carpinteiro? E não se chama a mãe dele Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E as suas irmãs não vivem todas entre nós? Donde então lhe vêm todas essas coisas? E se escandalizavam dele. Mas Jesus lhes disse: "Não há profeta sem honra, exceto em sua pátria e em sua casa" (Mateus 13.55-58; Marcos 6.3-6).



"Estando ainda a falar às multidões, sua mãe e seus irmãos estavam fora, procurando falar-lhe. Jesus respondeu àquele que o avisou: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" E apontando para os discípulos com a mão, disse: "Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos, porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, irmã e mãe". (Mateus 12.46-50; Marcos 3.32-35; Lucas 8.19-21).



"Depois disso, desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos e seus discípulos, e ali ficaram apenas alguns dias". (João 2.12).



"Aproximava-se a festa judaica das Tendas. Disseram-lhe, então, os seus irmãos: 'Parte daqui e vai para a Judéia, para que teus discípulos vejam as obras que fazes, pois ninguém age às ocultas, quando quer ser publicamente conhecido. Já que fazes tais coisas, manifesta-te ao mundo!' Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele"(João 7.2-5).



"Tendo entrado na cidade, subiram à sala superior, onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus;Tiago, filho de Alfeu, e Simão, o Zelota; e Judas, filho [nota de SolaScriptura-TT: o correto é "irmão de", em itálicas] de Tiago.Todos estes, unânimes, perseveravam na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele" (Atos 1.13-14). Comentários da Bíblia de Jerusalém: "O apóstolo Judas é distinto de Judas, irmão de Jesus (cf. Mt 13.55; Mc 6.3) e irmão de Tiago (Judas 1). Não se deve também, parece, identificar o apóstolo Tiago, filho de Alfeu, com Tiago, irmão do Senhor (At 12.17; 15.13, etc)".



"Não temos o direito de levar conosco, nas viagens, uma mulher cristã, como os outros apóstolos e os irmãos do Senhor e Cefas?" (1 Coríntios 9.5).



"Em seguida, após três anos, subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas e fiquei com ele quinze dias.Não vi nenhum apóstolo, mas somente Tiago, o irmão do Senhor. Isto vos escrevo e vos asseguro diante de Deus que não minto" (Gálatas 1.18-20). Comentários da Bíblia de Jerusalém: "Outros traduzem: "a não ser Tiago", supondo que Tiago faça parte dos Doze e se identifique com o filho de Alfeu (Mt 10.3p), ou tomando "apóstolo" em sentido lato (cf.Rm 1.1+)".



A Igreja Católica assim se manifestou em seu Catecismo:



"A isto objeta-se por vezes que a Escritura menciona irmãos e irmãs de Jesus. A Igreja sempre entendeu que essas passagens não designam outros filhos da Virgem Maria: Com efeito, Tiago e José, "irmãos de Jesus" (Mateus 13.55), são os filhos de uma Maria discípula de Cristo (Mateus 27.56), que significativamente é designada como "a outra Maria" (Mateus 28.1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, consoante uma expressão conhecida do Antigo Testamento (Gênesis 13.8; 14.16; 29.15, etc.)" (Catecismo da Igreja Católica, p. 141. # 500).



De uma página de apologética católica na Internet colhemos a seguinte explicação extra-oficial: "São Lucas esclarece que Tiago e Judas eram filhos de Alfeu ou Cléofas (Lucas 6.15-16). Portanto o eram também José e Simão. Mas não Jesus, que sabemos era filho de "José, o carpinteiro".

Portanto, não poderiam ser irmãos carnais. Por outro lado, São Mateus dá o nome da mãe deles: "Entre as quais estava... Maria, mãe de Tiago e de José" (Mateus 27.56). Não se pode confundir esta Maria com sua homônima, esposa de José, o carpinteiro. São João deixa bem clara essa distinção: "Junto à cruz de Jesus estava sua mãe e a irmã (prima) de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas" (João 19.25), cuja filha se chamava Maria Salomé. São as bem conhecidas "três Marias". Aliás, atualmente os protestantes mais cultos já nem levantam mais essa objeção".



Vejamos agora quais as "Marias" citadas nos evangelhos (Bíblia [católica] de Jerusalém):



Na crucificação



"Estavam ali muitas mulheres, olhando de longe. Haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, a servi-lo. Entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu" (Mt 27.56).

"E também ali estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé" (Mc 15.40). Comentário da referida Bíblia:

"Provavelmente, [Salomé] é a mesma que Mt 27.56 denomina a mãe dos filhos de Zebedeu".



"Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena" (Jo 19.25). Comentários da referida Bíblia, referindo-se "a irmã de sua mãe": "Ou se trata de Salomé, mãe dos filhos de Zebedeu (cf. Mt 27.56p) ou, ligando essa denominação ao que se segue, "Maria, mulher de Clopas".



Na ressurreição



"Após o sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria vieram ver o sepulcro" (Mt 28.1). Comentário da referida Bíblia sobre a "outra Maria": "Isto é, "Maria [mãe] de Tiago" (Mc 16.1; Lc 24.10; cf. Mt 27.56)".



"Passado o sábado, Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ir ungi-lo" (Mc 16.1-2).



"Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago" (Lc 24.10),



Vejamos agora quais os "Tiagos" citados nos evangelhos, conforme consta do Dicionário na parte final da Bíblia [católica] Sagrada, item "b" retro:

1. Tiago - "O Maior (mais velho), filho de Zebedeu e Salomé e irmão de São João Evangelista (Mt 4.21). era de Betsaida na Galiléia, pescador (Mc 1.19) e companheiro de São Pedro como seus irmãos (Lc 5.10)."



2. Tiago - "O Menor (mais moço), filho de Alfeu ou Cléofas (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) e de Maria (Jo 19.25). Foi chamado "irmão do Senhor" (Gl 1.19), no sentido semita [relativo aos judeus] que tem essa palavra que pode se aplicar aos primos e outros consangüíneos em linha colateral mais afastados, e até mesmo aos simples conacionais. Tiago Menor era primo de Jesus por ser sobrinho de S. José. N. Senhor apareceu-lhe uma semana depois da Ressurreição (1 Co 15.7). Foi o primeiro bispo de Jerusalém depois da dispersão dos Apóstolos.O fato de Paulo o ter procurado (Gl 1.19) e de ter ele feito o discurso final no Concílio de Jerusalém parece provar isto (At 15.13) Foi morto no Templo por instigação do sumo Sacerdote Anás II, tendo sido lançado de uma galeria e espancado até à morte (62 depois de Cristo)".



3. Epístola de S. Tiago - "Uma das epístolas católicas atribuída a São Tiago, o menor..."



Vejamos agora quais os "Judas" citados nos evangelhos, segundo Dicionário da Bíblia [católica] Sagrada, item "b" retro:



1. Judas - "Habitante de Damasco que hospedou S.Paulo (At 9.11)".

2. Judas Iscariotes - "O Apóstolo que traiu N. Senhor (Mt 10.4; Mc 3.19; Lc 6.16). Iscariot quer dizer "homem de Cariot", aldeia de Judá".

3. Judas Tadeu - "Um dos doze apóstolos (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.16; Jo 14.22). É o irmão de Tiago o Menor e "irmão", isto é, primo do Senhor (At 1.13); Mt 13.55; Mc 6.3)".

4. Epístola de S. Judas Tadeu - Um dos livros canônicos do Novo Testamento, classificado entre as chamadas "Epístolas Católicas". [Nota de SolaScriptura-TT: a epístola foi escrita por Tiago, o irmão de Jesus]

A partir dessas informações surgem algumas indagações:

Primeiro - Os apóstolos Tiago (o Menor) e Judas (Tadeu) são os mesmos chamados de "irmãos de Jesus" em Mateus 13.55 e Marcos 6.3? Que dizem as bíblias católicas retrocitadas?

O que vimos foram interpretações discordantes. A Bíblia de Jerusalém diz nos comentários sobre Atos 1.13 que "o apóstolo Judas é distinto de Judas, irmão de Jesus", isto é, não são a mesma pessoa, ou seja, o apóstolo Judas é uma pessoa e o irmão de Jesus, com idêntico nome, é outra pessoa. No mesmo passo, diz que o apóstolo Tiago, filho de Alfeu, não é o mesmo Tiago, irmão do Senhor. Reiterando a sua posição, referida Bíblia afirma nos comentários sobre Gálatas 1-18-20: "Outros traduzem: "a não ser Tiago", supondo que Tiago faça parte dos Doze e se identifique com o filho de Alfeu (Mt 10.3p), ou tomando "apóstolo" em sentido lato (cf. Rm 1.1+)".



Por outro lado, a Bíblia Sagrada, católica, como discriminada no início deste trabalho, assume posição diferente. O dicionário que compõe essa Bíblia diz que "Tiago, o Menor, filho de Alfeu ou Cléofas (Mt 19.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) e de Maria (Jo 19.25), foi chamado "irmão do Senhor". Diz mais que "Tiago Menor era primo de Jesus por ser sobrinho de S.José".

Confirmando, diz que "Judas Tadeu, um dos apóstolos (Mt 10.3; Mc 3.18...) é o irmão de Tiago, o Menor, e "irmão", isto é, primo do Senhor (At 1.13; Mt 13.55; Mc 6.3)". O descompasso é lamentável, a menos que se configure aí o "livre-exame" - situação em que comentaristas ou exegetas católicos interpretam livremente os textos bíblicos sem guardar coerência com a cúpula do Vaticano.

No particular, concordo plenamente com a Bíblia [católica] de Jerusalém. Os irmãos de Jesus (Mt 13.55 e Mc 6.3, etc.), não foram apóstolos ou mesmo discípulos, pelo seguinte:

a) Os irmãos de Jesus não criam nEle. No registro de João 7.2-5 nota-se claramente essa incredulidade. Entende-se, também, que Jesus evitou a companhia deles nesse episódio (Jo 7.8-10). Ao dizerem "para que teus discípulos vejam as obras que fazes" seus irmãos se excluíram do rol dos seguidores de Jesus. Ademais, Jesus não iria escolher para apóstolo alguém que não cria nEle.



b) A Bíblia estabelece distinção entre ser discípulo e ser irmão de Jesus (Jo 2.12; At 1.13-14; 1 Co 9.5; Gl 1.18-20). Por exemplo, em certa ocasião Jesus estava com seus discípulos em determinado local, e lá fora estavam sua mãe e seus irmãos (Mt 12.46-50; Mc 3.32-35; Lc 8.19-21).



Segundo - A tia de Jesus - irmã de sua mãe Maria - era Salomé, mãe dos filhos de Zebedeu, ou era Maria, mulher de Cléofas?

Vejamos mais uma vez o que relata João 19.25: "Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena".

A frase como está admite duas interpretações. A primeira é a de que "a irmã de sua mãe" é uma pessoa, e Maria, mulher de Cléofas, outra. A segunda hipótese é a de que o nome da tia de Jesus é Maria, a mulher de Cléofas. A Bíblia [católica] de Jerusalém concorda comigo quando diz: "Ou se trata de Salomé, mãe dos filhos de Zebedeu (Mt 27.56) ou, ligando essa denominação ao que se segue, "Maria, mulher de Clopas".

A Bíblia Sagrada, edição católica, afirma no seu "dicionário" que:

"Maria de Cléofas" é irmã da SS. Virgem Maria, i.e. sua prima, pois em hebraico a palavra tem um sentido mais lato. Segundo uns seria a mãe de Tiago (o menor), José, Simão e Judas Tadeu e esposa de Cléofas também chamado Alfeu (Mt 27.56; Mc 3.18; 6;3; 15.40). Segundo outros são duas pessoas com o mesmo nome, uma, irmã de S. José, seria a esposa de Alfeu e mãe de Tiago Menor e José; e a outra seria cunhada de S. José por ser casada com Cléofas, irmão de S. José, e seria a mãe de Simão e Judas Tadeu. Como quer que seja, uma Maria de Cléofas e uma Maria, mãe de Tiago, aparecem nos Evangelhos como tendo acompanhado o Senhor até o Gólgota e preparado os aromas... (Jo 19.25; Lc 24.10; Mt 28.9)".



Terceiro - De quem seriam filhos os irmãos de Jesus?



Não eram filhos de Zebedeu e de sua provável mulher Salomé, porque os filhos destes eram João e Tiago (Mt 4.21). Ora, os irmãos de Jesus foram Tiago, José, Simão e Judas, afora algumas irmãs (Mt 13.55-56, Mc 6.3). João está excluído dessa relação. Além disso, os irmãos de Jesus não criam nEle (Jo 7.5). Logo, João, apóstolo, não foi seu irmão. Não eram filhos de Maria, mulher de Alfeu ou Cléofas, cujo filho Tiago, o menor, foi apóstolo (Mt 10.3; Mc 15.40), e como tal não poderia ser irmão de Jesus, porque estes não criam nEle (Jo 7.5). Ademais, não consta que Tiago, José, Simão e Judas, irmãos do Senhor, fossem filhos do referido casal.



A Bíblia [católica] de Jerusalém é de parecer semelhante quando diz: "O apóstolo Judas é DISTINTO de Judas, irmão de Jesus (cf. Mt 13.55; Mc 6.3) e irmão de Tiago (Judas 1). Não se deve também, parece, IDENTIFICAR o apóstolo Tiago, filho de Alfeu, com Tiago, irmão do Senhor (At 12.17; 15.13, etc)". Realce acrescentado. Contrapondo-se, a outra Bíblia, católica, diz que Judas, apóstolo, é o irmão de Tiago o menor e "irmão", isto é, primo do Senhor (Mt 13.55; Mc 6.3). Ou seja, Tiago e Judas, eram ao mesmo tempo irmãos (ou primos) e apóstolos.

Se os irmãos de Jesus não eram filhos de Zebedeu, nem o eram de Alfeu, seria da tia de Jesus, não devidamente identificada em João 19.25? Não pode ser porque essa tia de Jesus já foi devidamente identificada pelo catolicismo, ao dizer que ou se chamava Salomé,mãe dos filhos de Zebedeu, ou era Maria, mulher de Cléofas.

Vamos agora ler o que dizem outros comentaristas a respeito dos irmãos de Jesus.

IRMÃOS DO SENHOR - "Aqueles de quem se fala em Mateus 12.46 e 13.55, e outros lugares,como irmãos de Jesus, seriam filhos de José e Maria? Segundo uma opinião que já vem do segundo século pelo menos, esses "irmãos de Jesus" eram filhos de um primeiro matrimônio de José. Mais tarde foram, por alguns críticos considerados primos do nosso Salvador. Podem, contudo, ter sido filhos de José e Maria. Em todas as passagens, menos uma, em que esses irmãos de Jesus são mencionados nos Evangelhos, acham-se associados com Maria. Se eram eles filhos mais velhos de José, não seria então Jesus o herdeiro do trono de Davi, segundo as nossas noções de primogenitura. Eles não acreditavam em Jesus no princípio da Sua missão, e até, segundo parece (Jo 7.5), depois que os apóstolos foram escolhidos; e por essa razão eles não puderam ser do número dos Doze, dos quais, na verdade, eles particularmente se distinguem, quando num período posterior são vistos na companhia deles (At 1.14). Não devem, portanto, ser confundidos com os filhos de Alfeu, embora tenham os mesmos nomes. Além disso, as palavras "filho" e "mãe", sendo empregadas nesta passagem (Mt 13.55) no seu natural e principal sentido, semelhantemente devem ser tomados os nomes "irmão" e "irmã" , pelo menos, até ao ponto de excluir o termo "primo".

O fato de terem os filhos de Alfeu, bem como os irmãos do Senhor, os nomes de Tiago, José e Judas, nada prova, visto que esses nomes eram muito vulgares nas famílias judaicas. Estranha-se que não fossem lembrados estes irmãos, quando Jesus confiou a sua mãe aos cuidados de João; mas isso explica-se pela razão de que a esse tempo ainda eles não criam Nele. A conversão deles parece ter sido quando se realizou a aparição de Jesus a Tiago, depois da Sua ressurreição (1 Co 15.7)." (Dicionário Bíblico Universal, pelo Rev Buckland, Editora Vida, 1993).



IRMÃOS DO SENHOR - "Relação de parentesco atribuída a Tiago, José, Simão e Judas, Mt 13.55;Mc 6.3, que aparecem em companhia de Maria, Mt 12.47-50; Mc 3.31-35; Lc 8.19-21, foram juntos para Cafarnaum no princípio da vida pública de Jesus, Jo 2.12, mas não creram nele senão no fim de sua carreira. Jo 7.4,5. Depois da ressurreição, eles se acham em companhia dos discípulos, At 1.14, e mais tarde os seus nomes aparecem na lista dos obreiros cristãos, 1 Co 9.5. Tiago, um deles, salientou-se como líder na Igreja de Jerusalém, At 12.7; 15.13; Gl 1.19; 2.9, e foi autor da epístola que traz o seu nome. Em que sentido eram eles irmãos de Jesus? Tem sido assunto de muitas discussões. Nos tempos antigos, julgava-se que eram filhos de José, do primeiro matrimônio. O seu nome não aparece mais na história do evangelho. Sendo José mais velho que Maria é provável que tivesse morrido logo e que tivesse casado antes. Esta opinião é razoável, mas em face das narrativas de Mt 1.25 e Lc 2.7, não é provável. No quarto século, S. Jerônimo deu outra explicação, dizendo que eram primos de Cristo, pelo lado materno, filhos de Alfeu ou Cléofas com Maria, irmã da mãe de Jesus. Esta explicação se infere, comparando Mc 15.40 com Jo 19.25, e a identidade dos nomes Alfeu e Cléofas. Segundo esta idéia, Tiago, filho de Alfeu, e talvez Simão e Judas, contados entre os apóstolos, fossem irmãos de Jesus. Porém, os apóstolos se distinguiam dos irmãos, estes nem ao menos criam nele, e não é provável que duas irmãs tivessem o mesmo nome. Outra idéia muito antiga é que eles eram primos de Jesus pelo lado paterno e outros ainda supõem que eram os filhos da viúva do irmão de José, Dt 25.5-10. Todas estas opiniões ou teorias parecem ter por fim sustentar a perpétua virgindade de Maria.

O que parece mais razoável e mais natural é que eles eram filhos de Maria depois de nascido Jesus.Que esta teve mais filhos é claramente deduzido de Mt 1.25 e Lc 2.7 que explica a constante associação dos irmãos do Senhor com Maria" (Dicionário da Bíblia, John D. Davis, 21a Edição/2000, Confederação Evangélica do Brasil).

SEUS IRMÃOS - "Não há razão para supor que estes irmãos, tanto como as irmãs mencionadas (Mt 13.55-56), não eram filhos de José e Maria" (O Novo Comentário da Bíblia, vol. II, Nova Vida, 1990, 9a Edição).

IRMÃOS DO SENHOR (Mateus 12.46-50) - "Por insistir na teoria da virgindade perpétua de Maria, o Catolicismo Romano os levou a explicar erroneamente o sentido da expressão irmãos. Assim, eles acreditam que Jesus não tinha irmãos no verdadeiro sentido dessa palavra e o grau de parentesco que ela exprime. No entanto, esse raciocínio não desfruta de nenhum apoio escriturístico. A Bíblia é clara ao afirmar que Jesus tinha quatro irmãos, além de várias irmãs (Mt 13.55,56; Mc 3.31-35; 6.3; Lc 8.19-21; Jo 2.12; 7.2-10; At 1.14; 1 Co 9.5; Gl 1.19). A teoria desenvolvida pelos católicos romanos e por alguns protestantes, que visa defender que Maria permaneceu virgem, é totalmente fútil. Esse conceito só passou a fazer parte da teologia muitos séculos depois de Jesus. Seu objetivo, é claro, era exaltar Maria, criando, assim, a mariolaria" (Bíblia Apologética, João F. Almeida, ICP Editora, 1a Edição, 2000).



Quarto - José e Maria se "conheceram" após o nascimento de Jesus?



A nossa análise terá como base o seguinte registro: "José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher.Mas não a conheceu até o dia em que ela deu à luz um filho. E ele o chamou com o nome de Jesus" (Mateus 1.24-25, Bíblia [católica] de Jerusalém).

A passagem acima diz claramente que José, atendendo ao anjo, recebeu em sua casa a sua esposa Maria, e foram viver como marido e mulher. Está dito que Maria foi a mulher de José; que José não conheceu a sua esposa enquanto ela estava grávida de Jesus; que Jesus nasceu de uma virgem, porque José somente conheceu sua mulher - ou seja, teve relações com ela - depois do nascimento de Jesus.

Católicos há que contestam o que está escrito na Bíblia, e dizem que "nas Sagradas Escrituras a expressão "até que" é empregada muitas vezes para indicar um tempo indeterminado, e não para marcar algo que ainda não aconteceu". Não iremos nos estender na refutação dessa tese porque as duas bíblias de início citadas, aprovadas pelo catolicismo, interpretam corretamente referido versículo, como a seguir:

"Mas [José] não a conheceu até o dia em que ela deu à luz um filho, e ele o chamou com o nome de Jesus": "O texto não considera o período ulterior [depois do parto] e por si não afirma a virgindade perpétua de Maria, mas o resto do Evangelho, bem como a tradição da Igreja, a supõem" (Comentário da Bíblia [católica] de Jerusalém).

Em outras palavras, os exegetas católicos, que trabalharam na edição da referida Bíblia, reconheceram o óbvio, ou seja, que até o nascimento de Jesus, José e Maria não se "conheceram". Todavia, dizem bem quando entendem que a Tradição "supõe", isto é, o dogma da perpétua virgindade de Maria é uma suposição, não uma realidade bíblica. O comentário acima coloca por terra argumentos outros não oficiais, segundo os quais José não conheceu sua esposa nem antes nem depois do nascimento de Jesus.



Outro comentário: "Enquanto (ou até que): esta palavra portuguesa traduz o latim donec e o grego heos ou, que por sua vez estão calcados sobre a expressão hebraica ad ki que se refere ao tempo anterior a esse limite sem nada dizer do tempo posterior, cf. Gn 8.7;Sl 109.1; Mt 12.20; 1 Tm 4.13. A tradução exata seria: "sem que ele a tivesse conhecido, deu à luz...", pois a nossa expressão "sem que" tem o mesmo valor" (Bíblia [católica] Sagrada).

O que a Bíblia acima está dizendo em seus comentários é que o "ATÉ" não foi ALÉM do nascimento de Jesus, ou seja, enquanto grávida e até dar à luz não houve "conhecimento" mútuo do casal.

Concordando com as Bíblias Católicas, a Bíblia Apologética, usada pelos evangélicos, assim esclarece: "Veja a preposição "até" em qualquer concordância bíblica e ficará surpreso a respeito do seu significado. Observe alguns exemplos: Levíticos 11.24-25: "E por estes sereis imundos: qualquer que tocar os seus cadáveres, imundo será ATÉ à tarde". E depois da tarde, eles permaneceriam imundos? Vejamos agora Apocalipse 20.3: "E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, ATÉ que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco tempo". Assim, a relação existente antes do nascimento de Jesus se modificou [como se modificou a situação de Satanás após os mil anos de prisão], não a conheceu até que ela deu à luz. Essa passagem declara que, depois do nascimento de Jesus, José Maria tiveram uma vida conjugal normal, como qualquer outro casal. Nenhum autor do Novo Testamento ensina a doutrina da virgindade perpétua de Maria. Se se tratasse de uma doutrina ou ensinamento vital ou essencial como requer o catolicismo romano, certamente Paulo e os outros discípulos teriam mencionado a respeito. Assim resta ao catolicismo romano apegar-se à tradição, porque a Bíblia não aceita essa teoria (Colossenses 2.8)".



A expressão "não coabitou com Maria ATÉ QUE nascesse Jesus" está muito clara. Ligada à fala do anjo que disse a José que RECEBESSE Maria, sua mulher, ficou entendido que passado o período da gravidez e do descanso depois do parto, José e Maria, marido e mulher, continuariam uma vida a dois como todos os casais do mundo. Assim aconteceu, pois tiveram muitos filhos, conforme está em Mateus 13.55-56. José e Maria constituíram um casal muito feliz e foram abençoados por Deus. E por ter filhos, por amar o seu esposo, por ter sido mãe, Maria não pecou nem perdeu a sua santidade. Maternidade e santidade podem caminhar juntas, sem que uma prejudique a outra.



Sexo no casamento não é pecado.



Quinto - Houve ordem divina para que José não "conhecesse" sua mulher?



Se não havia a intenção formal nem de José nem de Maria de viverem sem relações íntimas, embora residissem sob o mesmo teto, teria havido alguma ordem divina nesse sentido? O leitor deverá ler cuidadosamente Mateus 1.18-25 e Lucas 1.26-38 para verificar a inexistência de qualquer tipo de impedimento. A resposta de Maria ao anjo - "Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?" (Lc 1.34) - pode ser interpretada como um voto de virgindade? A Bíblia [católica] de Jerusalém, em seus comentários, responde: "A "virgem" Maria é apenas noiva (v.27) e não tem relações conjugais (sentido semítico de "conhecer", cf. Gn 4.1; etc.). Esse fato, que parece opor-se ao anúncio dos vv. 31-33, induz à explicação do v. 35. NADA NO TEXTO IMPÔE A IDÉIA DE UM VOTO DE VIRGINDADE" (realce acrescentado).



Sexto - O que diz a Igreja Católica sobre o Matrimônio?



a) "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos e a sexualidade é fonte de alegria e prazer"? (Catecismo da Igreja Católica, p. 612, # 2362). Por que com Maria seria diferente?



b) "Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida", pois que "esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal" (C.I.C. p. 612, # 2363). Por que com o casal José e Maria seria diferente? Esses "valores" não diziam respeito também a eles?



c) "A sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais"? (C.I.C., p. 615, # 2373). Por que Maria não podia ter muitos filhos?



d) "Exige a indissolubilidade e a fidelidade da doação recíproca e abre-se à fecundidade"? (C.I.C. p. 449 #1643). Por que doação recíproca e fecundidade deveriam ficar fora do casamento de José e Maria?



e) "O instinto do Matrimônio e o amor dos esposos estão, por sua índole natural, ordenados à procriação e à educação dos filhos... e por causa dessas coisas são como que coroados de sua maior glória"? Se "os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos próprios pais... pois "Deus mesmo disse: "Crescei e Multiplicai" (Gn 2.18)" (C.I.C. p.452 #1652). José e Maria não deveriam crescer e multiplicar? Eles não tinham essa índole natural à procriação?



f) "A sexualidade está ordenada para o amor conjugal entre o homem e a mulher,e no casamento a intimidade corporal dos esposos se torna um sinal de um penhor de comunhão espiritual"? (C.I.C., p.611 #2360). Por que eles não podiam?



Além das considerações sobre o matrimônio, acima registradas, expendidas pela Igreja Católica, o apóstolo Paulo adverte que "Por causa da prostituição cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido"; "a mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido"; e que "não vos defraudeis [negar relação íntima] um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes à oração; mas que "depois ajuntai-vos outra vez para que Satanás não vos tente por causa da incontinência [ausência de relações sexuais]", (1 Coríntios 7.2-5). A abstinência do casal José e Maria não estaria fora dos propósitos de Deus?





OUTRAS CONSIDERAÇÕES

1) Lemos em João 2.12: "Desceu [Jesus] a Carfanaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos. E ficaram ali muitos dias". Não pode ser outro o entendimento: Jesus com sua família, a mãe com seus filhos ficaram muitos dias naquela cidade. Não há como forçarmos uma interpretação que nos levaria a pensar que Maria, não tendo filhos com José, resolvera criar seis ou mais parentes. Vejam também a distinção entre "discípulos" e "irmãos".



2) Quando o termo "irmãos e irmãs" é empregado em conjunto com "pai" ou "mãe", o sentido não pode ser o de primos e primas, mas de irmãos biológicos, filhos de um mesmo pai ou mãe. Exemplo: "Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e até mesmo a sua própria vida, não pode ser meu discípulo" (Lucas 14.26).



3) Vejamos quais as palavras usadas no grego - a língua original do Novo Testamento - para designar IRMÃOS, IRMÃS, PARENTES, PRIMOS e SOBRINHOS, conforme a Concordância Fiel do Novo testamento, dois volumes, Editora Fiel, 1a Edição, 1994:



Adelphos - Usada 343 vezes para designar pessoas que têm em comum pai e mãe, ou apenas pai ou mãe; indicar duas pessoas que têm um ancestral comum ou que faz parte do mesmo povo, ou membros da mesma religião. Com essa palavra são nomeados os irmãos de Jesus (Mt 12.46-4813.55; Mc 6.3; Jo 2.12; 7.3,5,10; At 1.14; 1 Co 9.5; Gl 1.19; Jd 1).



Adelphe - O termo é traduzido 26 vezes como irmã, indicando (poucas vezes) a participante de uma mesma fé, e (a maioria dos casos) a filha de um mesmo pai ou mãe. Foi usado, por exemplo, para designar as irmãs de Jesus (Mt 13.56; Mc 3.32; 6.3), a irmã da mãe de Jesus (Jo 19.25), as irmãs de Lázaro, Marta e Maria (Jo 11.1,3,5,28,39).



Syngenis - Usado como o feminino de "parente" para indicar o parentesco de Maria, mãe de Jesus, com Isabel: "Também Isabel, tua parenta..." (Lucas 1.36).



Syngenes - Termo usado para designar pessoa consangüínea, da mesma família, ou da mesma pátria (compatriota). Vejamos alguns dos 11 casos em que o termo foi usado:

"Um profeta só é desprezado em sua pátria, em sua parentela e em sua casa" (Marcos 6.4).

Nota: Quando se trata dos "irmãos de Jesus", o termo usado é "adelphos" ou "aldephe". "Isabel tua parenta [ou prima] concebeu um filho em sua velhice..." (Lucas 1.36). Nota: Se Isabel fosse irmã de Maria (filhas de pais comuns) o termo teria sido "adelphe", de igual modo como foi usado em João 19.25 para designar a irmã da santa Maria.

"... e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos" (Lucas 2.44).

"Sereis traídos até por vosso pai e mãe, irmãos, parentes, amigos, e farão morrer pessoas do vosso meio..." (Lucas 21.16). Nota: Muito importante registrar que nesse versículo são usadas as palavras "adelphos", para irmãos, e "syngenes", para parentes. Entende-se que o termo "adelphos", quando associado às palavras pai ou mãe tem o natural significado de filhos carnais.



Anepsios - Usada somente uma vez para identificar o termo "primo", na seguinte passagem: "Saúdam-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, PRIMO de Barnabé..." (Colossenses 4.10, Bíblia [católica] de Jerusalém). Nota: Havia portanto na linguagem grega palavras para identificar irmãos, primos e parentes. Logo, se Tiago, José, Simão, Judas e mais algumas mulheres (Mt 13.55-56; Mc 6.3) fossem parentes de Jesus, e não filhos de Maria, a palavra grega mais correta seria "anepsios" ou "syngenes".



4) Gostaria de chamar a atenção dos leitores para o que está em Atos 1.13-14: "Tendo chegado, subiram ao cenáculo, onde permaneciam. Os presentes eram Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos".

Maria, as outras mulheres e os irmãos de Jesus eram pessoas distintas dos apóstolos acima citados. Tiago e Judas, irmãos de Jesus, não estavam incluídos naquela relação. Juntaram-se aos apóstolos naquela ocasião.

Não me parece justo procurarmos outra mãe para os irmãos de Jesus. A outra Maria, que pode ser a de Alfeu ou Cléofas, era mãe de Tiago e de José. Vejam: "Maria, mãe de Tiago e de José" (Mt 27.56); "Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José" (Mc 15.40); "Maria, mãe de Tiago" (Lc 24.10); "Tiago, filho de Alfeu" (Mt 10.3; Lc 6.15; At 1.13). Ora, os irmãos de Jesus se chamavam Tiago, José, Simão e Judas. O mesmo cuidado com o que os evangelistas Mateus e Marcos citaram os nomes de todos os irmãos de Jesus, um por um, teria usado para descrever os filhos dessa Maria. Entretanto, só foram citados Tiago e José. E Simão, com quem fica? A Bíblia descreve a existência das seguintes pessoas com esse nome: Simão, irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Simão, chamado Pedro, apóstolo (Mt 4.18; 10.3); Simão, o Zelote, apóstolo (Mt 10.4; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13). Ainda há outros com o nome Simão, como por exemplo Simão Iscariotes, pai de Judas, o traidor (Jo 6.71). A Bíblia com muita propriedade identifica cada um com o detalhe do apelido ou do parentesco. E Judas? A Bíblia diz que Judas, apóstolo, era filho deTiago (Lc 6.16). Não há nenhum registro afirmando que a outra Maria ou Maria, de Cléofas, tenha um filho com o nome de Judas. É quase certo que o autor da Epístola de Judas seja o irmão do Senhor, como descrito em Mateus 13.55 e Marcos 6.3, pelos seguintes motivos: 1) Ele não se apresenta como apóstolo de Cristo, mas como "servo" e irmão de Tiago (Jd 1.1); 2) A sua exortação no v. 17 sugere que ele não fazia parte dos Doze.

Os dados levantados apontam para o entendimento de que Tiago, Simão, José Judas, e mais algumas mulheres, eram realmente irmãos carnais de Jesus, filhos de Maria e de José.

Domingo - Dia Cristão ou Pagão?

Uma vez que o Sábado desempenha um papel vital na adoração a Deus como Criador e Redentor, não deveria constituir surpresa o fato que Satanás tem levado adiante uma guerra sem trégua na tentativa de subverter essa sagrada instituíção.
Em parte alguma autoriza a Bíblia a mudança do dia de adoração que Deus instituiu no Éden e reafirmou no Sinai. Outros Cristãos, eles proprios observadores do domingo, reconhecem isso. O cardeal Católico Tiago Gibbons escreveu em certa oportunidade: "Você poderá ler a Bíblia do Genesis ao Apocalipse, e não encontrará uma única linha autorizando a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do Sábado"

Se não existem evidências Bíblicas de que Cristo ou os discípulos mudaram o dia de adoração do Sábado para o domingo, porque então a igreja católica alterou o mandamento para "santificarás as festas e o Domingo"?


O Surgimento da Observãncia do Domingo

A Igreja de Roma, composta em grande medida de crentes gentios (Rom. 11:13), liderou a tendência no tocante à adoração dominical. Em Roma, a capital do império, existiam fortes sentimentos anti-judaicos, os quais se tornaram ainda mais forte com o passar do tempo. Reagindo a tais sentimentos, os cristãos da cidade procuraram mostrar que eram diferentes dos judeus. Abandonaram algumas práticas que tinham em comum com os judeus e iniciaram a tendência de afastar-se da adoração no sábado, caminhando gradualmente para a adoração exclusiva no domingo

So segundo ao quinto séculos, à medida que crescia a influência do domingo, os cristãos prosseguiam observando o sábado em praticamente todos os lugares do império Romano. Sócrates, historiador do quinto século, escreveu: "Praticamente todas as Igrejas do mundo celebram os sagrados mistérios no sábado, todas as semanas, embora as igrejas cristãs de Alexandria e Roma, por conta de algumas tradições antigas, tenham deixado de fazê-lo"

No quarto e quinto séculos muitos cristãos adoravam tanto no sábado como no domingo. Sozomen outro historiador desse período escreveu: "O povo de Constantinopla, e praticamente todos os demais lugares, reúnem-se no sábado, bem como no primeiro dia da semana, costume esse nunca observado em Roma ou Alexandria". Essas referências indicam a liderança de Roma no processo de abandono do Sábado como dia de guarda.

Por que razão aqueles que estavam abandonando o Sábado como dia de adoração escolheram o domingo, e não qualquer outro dia da semana? Simples, para eles, a ressureição de Jesus no domingo era motivo forte para santificação nesse dia. Porém, a Bíblia não autoriza essa mudança em nenhuma de suas páginas.


A Veneração do Sol e a guarda do Domingo

A popularidade e influência que a veneração do sol por parte dos pagãos do império trazia consigo, indubitavelmente contribuiu para tornar crescente a aceitação do domingo como dia de adoração. A adoração do sol ocupava lugar importante no mundo antigo. Representava um dos mais antigos componentes da religião Romana. A partir do segundo século D.C, o culto do Sol Invictus tornara-se dominante em Roma e em outras partes do império.

O quarto século testemunhou a introdução de leis dominicais. Em primeiro lugar, foram impostas Leis Dominicais de carácter civil, depois vieram as leis dominicais de carácter religioso. O imperador Constantino estabeleceu o primeiro decreto dominical civil em 7 de março de 321 D.C. Em vista da popularidade do domingo entre os adoradores pagãos do sol e da estima que muitos cristãos lhe dedicavam, Constantino tinha a esperança de que, tornando o dia de domingo santo obteria ele apoio tanto dos pagãos quanto dos Cristãos em favor do seu governo.

O decreto dominical de Constantino refletia suas próprias origens como adorador do sol. Diz o texto:

“Que os juízes e o povo das cidades, bem como os comerciantes, repousem no venerável dia do Sol. Aos moradores dos campos, porém, conceda-se atender livre e desembaraçadamente aos cuidados de sua lavoura, visto suceder freqüentemente não haver dia mais adequado à semeadura e ao plantio das vinhas, pelo que não convém deixar passar a ocasião oportuna e privar-se a gente das provisões deparadas pelo céu.”

Várias décadas mais tarde, a Igreja seguiu seu exemplo. O Concilio de Laodicéia (encerrado em 364 D.C) emitiu a primeira Lei Dominical eclesiástica. No Cânone 29, a Igreja estabeleceu que os cristãos deveriam honrar o domingo e "se possivel não trabalhar nesse dia", ao mesmo tempo em que se denunciava o repouso no Sábado, instruindo os cristãos a não ficarem "inativos" nesse dia.

“Os cristãos não devem judaizar, ou estar ociosos no Sábado, mas trabalharão nesse dia; o Dia do Senhor (Domingo), entretanto, o honrarão especialmente; e como Cristãos não devem se possível fazer qualquer trabalho nele. Se, porém, forem achados judaizando, serão separados de Cristo”.



As Enciclópedias do mundo todo confirmam que a base da adoração no domingo se dá em raízes pagãs.

Na Enciclopédia Britânica podemos ler claramente:
“O mais antigo reconhecimento da observância do domingo como uma obrigação legal é uma constituição de Constantino, de 321 d.C., decretando que todas as cortes de justiça, habitantes de cidades e oficinas repousassem no (venerabili die Solis), exceção feita apenas àqueles que estivesses ocupados em trabalho de agricultura”. - Enciclopédia Britânica (11ª Edição.) Artigo - “Domingo".

“Constantino o Grande fez uma lei para todo o império, (321 d.C.), instituindo que o Domingo fosse observado como dia de repouso em todas as cidades e vilas; mas permitindo que os camponeses prosseguissem em seus trabalhos”. - Enciclopédia Americana, artigo Sábado.

“A idéia de transpor a solenidade do Sábado para o Domingo, é uma idéia estranha ao cristianismo primitivo. O Domingo foi justaposto ao Sábado”.“Foi um ecletismo político de Constantino que queria agradar tanto a cristãos como a pagãos adoradores do sol”.
A Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Vol. IX pág. 232 item Domingo.



Em 538 D.C, o Terceiro Concílio de Orleans da Igreja Católica Romana emitiu uma lei mais severa que a de Constantino. O cânone 28 desse concílio diz que no domingo "mesmo a agricultura deve cessar seus labores, de modo que as pessoas não sejam privadas de frequentar a igreja".

Origem da Adoração à Maria

A falsa adoração a uma deusa-mãe, rainha dos céus, senhora, madona etc. teve início na antiga Babilônia e se espalhou pelas nações até chegar a Roma. Os gregos adoravam Afrodite; em Éfeso, a deusa era Diana; Isis era o nome da deusa no Egito. Muitos desse tipo de adoradores "aderiram" ao catolicismo em Roma para ficarem mais próximos do poder, haja vista que o Império Romano no século III adotou o cristianismo como religião oficial. Então, esses "cristãos" nominais levaram suas práticas idólatras e pagãs para a Igreja de Roma. Em vez de coibir o abuso e conduzir os fiéis pelos caminhos da fé exclusiva em Deus, os líderes do catolicismo romanos contemporizaram a situação: aos poucos as imagens pagãs foram substituídas por imagens cristãs; os deuses pagãos, substituídos pelos santos cristãos (os santos bíblicos) e, na esteira desse sincretismo religioso, a santa Maria surgiu como "Mãe de Deus", "Senhora", "Sempre Virgem", "Concebida sem Pecado", "Assunta aos céus", "Mediadora e Advogada", Co-Redentora.


ASSUNÇÃO DE MARIA

"Assunção de Maria" significa que Maria subiu ao céu em corpo e alma, levada por seu Filho. Tal ensino não encontra amparo nas Sagradas Escrituras. É claro que a santa Maria está no céu, lugar para onde vão todos os que morrem em Cristo. Diz o ex-padre José Barbosa de Sena Neto, em suas "confissões": "A coisa mais espantosa dessa doutrina é que não tem nenhuma prova bíblica". E o ex-padre conclui: "O Papa Pio XII (que promulgou essa doutrina) disse que "qualquer um que doravante duvide ou negue esta doutrina apostatou totalmente da divina fé católica; isto - continua o ex-padre - significa que é pecado mortal para qualquer católico romano recusar-se a crer nessa fantasiosa doutrina!" A Tradição diz que Maria foi assunta ao céu de corpo e alma, e o Senhor a elegeu Rainha do Universo. É o caso de se perguntar: Quem viu? Quem escreveu? Onde está escrito?

Que Maria está na glória não há dúvida, mas não que tenha ressuscitado. São incontáveis os santos que se encontram no Paraíso, aguardando a plenitude dos tempos para ressuscitarem num corpo espiritual (1 Tessalonicenses 4.16-17).


CONCEBIDA SEM PECADO

As expressões "concebida sem pecado" e "imaculada" são comuns nas rezas e escritos romanos. O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi definido no ano de 1854.

A única forma de Maria ter sido gerada sem pecado seria mediante a intervenção direta do Espírito Santo no ventre de sua mãe, tal como aconteceu com Jesus. E essa exceção teria registro prioritário na Bíblia.

Contrariando a Tradição, a Palavra de Deus declara de modo enfático, sem rodeios: "POIS TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS, E SÃO JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE PELA SUA GRAÇA, PELA REDENÇÃO QUE HÁ EM CRISTO JESUS" (Romanos 3.23). Como resultado da desobediência de Adão e Eva, TODOS somos pecadores; todos herdamos a natureza pecaminosa do primeiro casal; todos fomos atingidos pelo "pecado original". A Bíblia fala em TODOS. Todos, sem exceção. Dos santos do Antigo Testamento (Noé, Abraão, Moisés, Josué, Davi, Elias, Isaías, dentre outros) aos do Novo Testamento (Mateus, João, João Batista, Paulo, Pedro, José, Maria e outros), todos pecaram e necessitaram da graça de Deus para serem justificados. No Salmo 51.5, Davi reconhece a sua propensão natural para o pecado: "Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe". Maria venceu essa natureza pecaminosa porque confiava e cria em Deus, seu Salvador (Lucas 1.46-47).

E ainda: "PELO QUE, COMO POR UM HOMEM ENTROU O PECADO NO MUNDO, E PELO PECADO A MORTE, ASSIM TAMBÉM A MORTE PASSOU A TODOS OS HOMENS, PORQUE TODOS PECARAM" (Rm 5.12). Ora, "semente gera semente da mesma espécie". Uma semente de manga vai gerar manga. Assim acontece com a laranja, com o abacate e com as demais frutas. Assim aconteceu com os homens. Somos da semente de Adão. Jesus foi o único que não herdou a maldição do pecado porque Ele foi gerado pelo Espírito Santo. "Todos estão debaixo do pecado. Não há um justo. Nem um sequer" (Rm 3.9c, 10). Em lugar nenhum da Bíblia está escrito que a santa Maria foi uma exceção. Maria está incluída no "TODOS PECARAM". A própria Maria, mãe de Jesus, reconheceu ser pecadora, quando disse: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador" (Lc 1.46-47). Ora, uma pessoa sem mácula, sem mancha, sem pecado não precisa de Salvador. Ela declarou que sua alma necessitava ser salva. Ela clamou pela graça salvadora de Deus, pois "pela graça somos salvos, mediante a nossa fé" (Efésios 2.8).

Em oposição a essa verdade, dizem os romanistas que para gerar um ser puro - Jesus - Maria teria que ser de igual modo pura, porque um ser impuro não poderia acolher um ser puro. Ora, se admitido como verdadeiro e correto tal raciocínio, teríamos de admitir que a mãe de Maria deveria ser também pura para carregar no seu ventre uma pessoa imaculada. A avó de Maria, por sua vez, teria que ser pura. E, nesse passo, chegaríamos ao primeiro casal Adão e Eva. E estaríamos dizendo que a Palavra de Deus é mentirosa, quando afirma: Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3.23; 5.12).


A SEMPRE VIRGEM MARIA

A Igreja de Roma assegura que a santa Maria, mãe de Jesus, conservou-se virgem até a sua morte:

"Maria permaneceu Virgem concebendo seu Filho, Virgem ao dá-lo à luz, Virgem ao carregá-lo, Virgem ao alimentá-lo de seu seio, Virgem sempre" (C.I.C. p. 143, # 510).

Antes do nascimento de Jesus, Maria e José não mantiveram relações íntimas. Nascido Jesus, e passado o período pós-parto, o casal passou a ter uma vida normal de marido e mulher e teve os seguintes filhos: Tiago, José, Simão, Judas e, no mínimo, duas filhas. Esta opinião está alicerçada nos textos abaixo:

"Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs?" (Mateus 13.55-56; Marcos 6.3).

Corroborando essa afirmação, lemos no mesmo livro de São Mateus:

"Estando Maria, sua mãe (mãe de Jesus), desposada com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu marido, sendo justo e não querendo difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Projetando ele isso, em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher. Mas não a conheceu até que ela deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus" (Mt 1.18-20, 24-25).

A expressão "ATÉ QUE" - "não a conheceu até que ela deu à luz um filho" - indica um limite de tempo. Poderíamos traduzir assim: José não manteve relações íntimas com Maria enquanto ela estava grávida de Jesus, aliás, em cumprimento à profecia: "a virgem conceberá e dará à luz um filho ..." (Isaías 7.14). Isto é, até o nascimento de Jesus ela manteve-se virgem. Os romanistas interpretam o texto de forma diferente. Dizem que a abstinência de José manteve-se depois do parto de Maria. Para mim, a expressão é clara. Veja o exemplo de uma ordem de uma mãe ao filho: "Você deve ficar em casa até que eu volte". Então, enquanto a mãe não voltar, o filho ficará em casa. A proibição alcança o tempo em que aquela mãe estiver fora de casa. Depois do seu retorno, o filho poderá sair de casa. Comparativamente, enquanto não nasceu Jesus, José respeitou a virgindade de sua mulher. Jesus realmente nasceu de uma virgem, conforme a Escritura, mas nada prova que Maria tenha continuado virgem.

Lembremo-nos, finalmente, de que Maria "deu à luz a seu filho primogênito..." (Lucas 2.7a).

Primogênito, segundo o Dicionário Aurélio, diz-se "daquele que foi gerado antes dos outros, que é o filho mais velho". Jesus foi, portanto, o filho mais velho de José e Maria, conforme Mateus 13.55-56. Já na relação Deus Pai e Deus Filho, Jesus é chamado de unigênito, único, tal como definido em João 3.16. São Mateus não iria usar uma expressão que causasse alguma dúvida. Se Jesus fosse o único filho, Mateus usaria certamente a expressão UNIGÊNITO, que significa filho único, conforme diz o Dicionário Aurélio.


MÃE DE DEUS

"Maria é verdadeiramente a "Mãe de Deus", visto ser a mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus" (C.I.C. p.143, # 509).

"Por isso o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio" (C.I.C. p.131, # 466).

A Bíblia causa uma certa inquietação e até temor. O temor do confronto. A Palavra, como um espelho, coloca às claras nossas imperfeições, rugas, pecados. E, em face disso, somos movidos a tomar uma decisão. Desprogramar de nossa mente o que foi armazenado durante cinco séculos é tarefa árdua. Bom para muitos é deixar rolar, na onda do "me engana que eu gosto".

A Bíblia nos revela, de Gênesis a Apocalipse, que Deus é o nosso Pai, o Criador de todas as coisas. A oração-modelo ensinada por Jesus começa assim: "PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS".

Todos os que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador passam a ser filhos de Deus: "PORQUE TODOS SOIS FILHOS DE DEUS PELA FÉ EM CRISTO JESUS" (Gálatas 3.26). "Vós sois filhos do Deus vivo" (Oséias 1.10c).

Maria sempre foi temente a Deus; era justa aos olhos de Deus; creu em Jesus, nas suas palavras, na Sua morte e ressurreição. E, assim, ela foi constituída filha de Deus.

Quando Jesus disse a Nicodemos que era necessário nascer de novo para ver o reino de Deus, Ele não excluiu sua mãe do processo (Jo 3.3). Também, a declaração de Jesus, a seguir, confirma que sua família - mãe, pai e irmãos - necessitava de submissão a Deus e obediência à Sua Palavra para ser salva:

"Chegaram então seus irmãos e sua mãe e, estando de fora, mandaram-no chamar". A multidão estava assentada ao redor dele, e lhe disseram: "Tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora". Jesus lhes perguntou: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" Então, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Portanto, "QUALQUER QUE FIZER A VONTADE DE DEUS, ESTE É MEU IRMÃO, IRMÃ E MÃE (Marcos 3.31-35). Jesus nivelou sua mãe e seus irmãos a todos os que obedecem a Deus.

Em certa ocasião Jesus não permitiu que tivesse prosseguimento a tentativa de exaltar sua mãe. Vejamos:

"Dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão levantou a voz, e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste! Mas Jesus respondeu: Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam." (Lucas 11.27-28).

Deus é eterno, não teve começo, não foi gerado, e não terá fim. Deus não tem mãe, nem pai. Maria não pode ser mãe do seu Criador e Salvador. Maria não pode ser mãe do seu próprio Pai. A criatura não pode ser mãe do Criador. A santa Maria foi escolhida foi por Deus para que em seu ventre o Verbo se fizesse carne. Mas o Verbo, o Deus Filho, este sempre existiu porque eterno. O Verbo não foi gerado por Maria. Leia-se:

"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vemos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1.1-3, 14).

Esta é uma afirmação da eternidade de Jesus: Ele estava no princípio, esteve presente na Criação, estava com Deus, é Deus. Logo, um ser humano finito e limitado (Maria) não poderia gerar um ser eterno, divino, infinito e ilimitado. A Tradição confirma a eternidade de Jesus, quando diz que Maria é a Mãe do Filho Eterno de Deus. Ora, o eterno não é gerado e não cabe na vida finita de um ser que precisou ser gerado.


RAINHA DO UNIVERSO

Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta de corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo". (C.C. p. 273, # 966).

Nada do que foi dito acima bate, como já analisado, com a Bíblia. Ao afirmar que Maria detém a posição de Rainha do Universo, a Tradição admite que ela é Rainha de Todas as Coisas. Lamentavelmente, o Catecismo Católico não cita uma só passagem bíblica que confirme essa declaração. Deus não divide a sua glória com ninguém. Vejam o que está escrito na Bíblia a respeito da adoração a uma falsa deusa, chamada de "Rainha dos Céus":

"Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos Céus; e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira" (Jeremias 7.18).

Ora, eles faziam isso em nome da Tradição. Vejam:

"... Queimaremos incenso à deusa chamada Rainha dos Céus e lhe ofereceremos libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes temos feito..."(Jeremias 44.17).

A Bíblia ensina que honra e glória pertencem ao Senhor: "Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças" (Apocalipse 5.12). O nome que está exaltado é o de Jesus, não é o da "Rainha do Universo"

Vejam: "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2.9-10). Portanto, só devemos dobrar nossos joelhos para adorar ao Rei dos reis e Senhor dos senhores.


AS IMAGENS DE MARIA E O SEGUNDO MANDAMENTO

"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não re encurvarás a elas nem as servirás" (Êxodo 20.4-5).

"Não farás para ti" - Entende-se a posse do objeto quando destinado ao culto, à homenagem, à prece, à veneração. Deus não condena as obras de arte, escultura ou pintura de valor histórico e cultural.

"Nem alguma semelhança do que há em cima nos céus" - Não encontramos diferenças relevantes de tradução nas versões consultadas. A proibição não alcança apenas as imagens dos deuses, mas diz respeito, também, ao que existe nos céus: A Trindade (Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo), os anjos e os salvos em Cristo. Logo, estátuas de Jesus, dos santos apóstolos, de Maria, e de quantos, pelo nosso julgamento, estejam no céu, não devem ser objeto de culto.

"Não te encurvarás a elas" - Deus proíbe qualquer atitude de reverência ou respeito, tais como inclinar respeitosamente o corpo ou ajoelhar-se diante das imagens; prostrar-se com o rosto no chão; tocá-las; beijá-las; levantar os braços em atitude de adoração; tirar o chapéu; ficar em pé diante delas em estado contemplativo. Enfim, Deus proíbe fazer qualquer gesto com o corpo que expresse admiração, contemplação, fé, devoção, homenagem, reverência.

"Não as servirás" - Não servi-las com flores, velas, cânticos, coroas, festas, procissões, lágrimas, alegria, rezas, vigílias, doações, homenagens, devoção, sacrifícios, incenso. Não lhes devotar fé, confiança, zelo, amor, cuidados. Não alimentar expectativas de receber delas amparo, curas e proteção. Não colocá-las em lugar de destaque, em redoma ou em lugares altos.

"No entanto, Deus ordenou... a serpente de bronze, a Arca da Aliança, os querubins"...

A Arca da Aliança e os querubins passaram. Eles faziam parte de cerimônias e símbolos instituídos por Deus, de acordo com sua infinita sabedoria e soberana vontade, para melhor conduzir o povo em sua fé. Agora, vindo Cristo, temos "um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue..." (Hebreus 9.11).

A serpente de bronze - Este símbolo tão zelosamente defendido pela Igreja de Roma foi um remédio específico para um mal específico numa situação especial (Números 21.7-9). Agora, já não precisamos de figuras para nossos males físicos e espirituais. Como disse João Ferreira de Almeida, "o poder vivificante da serpente de metal prefigura a morte sacrificial de Jesus Cristo, levantado que foi na cruz para dar vida a todos que para Ele olharem com fé". O próprio Jesus assim se manifestou: "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.14-15). Deus não recomendou o culto, a homenagem ou a veneração à serpente. Por isso, o rei Ezequias, temente e reto aos olhos do Senhor, destruiu-a ao perceber que o povo lhe prestava culto (2 Reis 18.4). Ademais, não se vê em Atos dos Apóstolos qualquer indício de uso de figuras, ícones ou imagens destinados a facilitar a compreensão e conduzir os fiéis à salvação.

"A honra prestada às santas imagens é uma " veneração respeitosa", e não uma adoração, que só compete a Deus".

Venerar: "Tributar grande respeito a; render culto a, reverenciar";
Culto: "Adoração ou homenagem à divindade em qualquer de suas formas, e em qualquer religião";
Adorar: "Render culto a (divindade); reverenciar, venerar, idolatrar".

Como se vê, é muito tênue a linha entre honrar, venerar, adorar e prestar culto. Vejamos o que Deus afirma: "Eu sou o Senhor. Este é o meu nome. A minha glória a outrem não a darei, nem a minha honra às imagens de escultura" (Isaías 42.8). Na Bíblia Linguagem de Hoje: Eu sou o Deus Eterno: este é o meu nome, e não permito que as imagens recebam o louvor que somente eu mereço." Na Bíblia Ecumênica, católica: "Eu sou o Senhor, este é o meu nome: eu não darei a outrem a minha glória, nem consentirei que se tribute aos ídolos o louvor que só a mim pertence".

Dizer que o culto a Maria e à sua imagem esculpida é apenas uma veneração, não condiz com a realidade. Há um descompasso enorme entre o discurso e a prática. Não pode ser negado o que é público e notório. Maria é realmente adorada como Rainha dos Céus, Senhora, Padroeira, Protetora, Mãe dos Vivos, Mãe da Igreja, Mãe de Deus, etc. E isso constitui pecado. Jesus disse e está escrito em Mateus 4.10: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás". E o primeiro mandamento diz: "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20.3). Maria foi constituída a PROTETORA do Brasil e, especificamente, de muitas cidades brasileiras (Nossa Senhora de Aparecida, Nossa Senhora de Santana, Nossa Senhora do Ó, etc). Parece até que, para os romanistas, a evangelização via Maria se torna mais fácil do que pregando Cristo ressuscitado. Não foi essa a via utilizada pelos apóstolos nas primeiras pregações. Eles não endeusavam os santos, mas apresentavam Jesus, o Santo dos santos, como o único caminho.


"Veneramos a imagem de Maria como alguém que venera os retratos de familiares falecidos."

Esse argumento é um dos mais ingênuos. Ninguém em sã consciência adota os seguintes procedimentos com relação às fotografias de seus familiares falecidos: não as carrega em procissão; não canta louvores diante delas; não se ajoelha aos seus pés,nem na sua presença faz inclinação com o corpo em sinal de reverência; não faz qualquer pedido a esses mortos, salvo se numa sessão espírita; não usa essas fotos como amuletos, para alcançar algum benefício espiritual ou material. Por isso, o uso que fazemos dos retratos de entes queridos é completamente diferente do uso que os católicos fazem das imagens dos santos.

Origem da Hóstia

Tratando do SACRÍFICIO INCRUENTO de hóstias, em sua polêmica com o DR. Carlos de Laet, registrou o REV. Álvaro Reis: " Epiphanio afirma que a prática de fazer HÓSTIAS principiou entre as mulheres da Arábia, no quarto século, justamente em culto idólatra tributado a virgem Maria, também chamada Rainha do Céu! Prática condenada por este ilustre ministro da Igreja como sacrlegamente herética e abominável.
"O sr doutor Carlos Laet deve saber naturalmente quanta importância a igreja romana liga a forma da HÓSTIA ou TORTA, que deve ser BEM REDONDA. Pois bem, no Egito, assevera Hislop, a quem estou seguindo neste estudo do mimetismo católico, encontra-se em todos os altaares a DELGADA E REDONDA HÓSTIA.
No culto egípcio, quase toda letra e número tem um significado simbólico. O "disco bem redondo", tão frequente nos emblemas sagrados, simboliza o SOL. Pois bem, quando OSÍRIS (O DEUS SOL) tomou a forma humana, nasceu, não foi afim meramente de oferecer a sua vida como sacrifício, mas para que se tornasse vida e alimento das almas dos homens.
"É admitido uiversalmente que ÍSIS era o tipo original da DEUS CERES. CERES, porém era adorada não só como a "descobridora" do "trigo", mas também "Mãe do Trigo". O seu grande deus era representado sob a forma de "trigo". Este, caído da graça de CERES , em seu terror , resolveu tomar a forma de uma ave, e remontou ao espaço. A " Senhora"(como era conhecida), porém, tomando a forma de gavião, o perseguiu. Na sua preciptação, descobrindo o deus um monte de "trigo", nele se escondeu, tomando a forma de um grão desse cereal. A deusa, por sua vez, se transformou em uma galinha negra, alta e de grande crista. E, esgravatando o dito monte de trigo, destacando aquele grão divino o engoliu. Nove meses depois, a deusa dava a luz uma criatura tão bela que resolveu não destruir.
Aí temos, pois, o "trigo" transubstanciado no "filho" da Deusa CERES, a "Senhora", a Rainha fo Céu.
"A VIRGEM CERES era porém, representada com "uma espiga de trigo" na mão, que correspondia a deusa e seu filho; como no Egito, a Ísis e Osíres; na Índia, Isa e Isvra; na Ásia, Cibele e DIonísio; em Roma, Fortuna e Jupter,e como na Grécia, na China e no Japão, onde os missíonarios jesuitas ficaram maravilhados de que " A Senhora e seu filho" eram adorados como na igreja papal!
Prosseguindo ainda o Rev. Álvaro Reis:
"O Filho de CERES, que se incarnara no trigo, criam os egípcios que era o DEUS SOL. Nenhum mortal, refere um oráculo, jamais pôde levantar o meu véu, o fruto que dei a luz, é o SOL.
"Pois bem, além do ja referido, que proclama de forma eloqüente o mimetismo que a igreja romana tem praticado do paganismo, parece que o papado teve inconscientemente o cuidado de conservar, em sua liturgia, as evidências da origem pagã do seu SACRIFÍCIO INCRUENTO, no DEUS HÓSTIA, feito de TRIGO e de forma bem REDONDA.
"Por toda parte a HÓSTIA é representaada como um SOL... Até mesmo quando apresentada na parte superior do cálix, ficando este, circundado de raios luminosos como se fora um Sol! Na parte dos sacrários, lá esta ela belamente desenhada, a hóstia, em meio do resplendor de um SOL". A hóstia é colocada numa riquíssima patena de prata ou de ouro, representando um SOL! Nas procissões, um sacerdote carrega , conservando diante do rosto, a custódia de ouro brilhante que, refletindo os raios luminosos do astro do dia, parece se tornar um SOL em miniatura. Ao ver esse Sol, o povo se ajoelha , adorando a HÓSTIA!
" Por ocasião das festas aos santos, a cerimônia soleníssima é a exposição do SANTÍSSIMO SACRAMENTO. Nesse momento, ao tomar a custódia de ouro, que tem a aparência do SOL, devido as luzes torna-se um esplendoroso Sol, diante do qual o povo presta adoração... Na ocasião, o véu que cobre a patena representa as trevas que envolveram o SOL! Todos esses atos de cultos são inteiramente semelhantes aos que os pagãos praticavam, adorando ao SOL ou suas imagens de ouro nos altares de seus templos.
" Se em Babilônia o deus Bar era chamado TRIGO, se no Egito o deus SOL era representado pela HÓSTIA de trigo, na igreja romana, em uma das orações da Litânia, o católico se dirige a HÓSTIA e diz seriamente: -Oh!TRIGO DOS ELEITOS, tem misericórdia de nós...
"ninguém pode engolir a HÓSTIA CONSAGRADA sem estar em jejum rigoroso, nem água depois da meia noite, Pois bem, até nisso é flagrante o mimetismo: os babilônios jejuavam rigorosamente antes de seus SACRIFÍCIOS INCRUENTOS..
"Por fim, A MARCA DE FÁBRICA!!!... As HÓSTIAS trazem a marca J.H.S. que dizem os romanistas signicar: JESUS, HOMINUM SALVADOR, ou, Jesus Salvador dos Homens. Pois bem, para o pagão egípcio esse mesmíssimo Sinal ou marca significa: ÍSIS, HORUS, SEB, isto é: a MÃE, o FILHO e PAI DOS DEUSES!"

Cronologia do Cristianismo

Ano 65 – Irino
Ano 69 – Cleto
Ano 95 – Clemente
Ano 100 – Justino
Ano 110 – Inácio
Ano 139 – Igino
Ano 140 – Papias
Ano 155 – Policarpo
Ano 180 – Irineu
Ano 197 – Um bispo de Roma começou um movimento herege contra a divindade de Cristo. Até então, não havia nenhuma doutrina contraria as Sagradas Escrituras
Ano 217 – Calixto assumiu a frente da igreja e começou a afastar do evangelho de Cristo.
Ano 220 – Orígenes
Ano 223 – Urbano
Ano 247 – Cipriano (Bispo de Cartago)
Ano 270 - Origem da vida monástica no Egito, por Santo Antonio.

Marcos 16:15 “ E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura”

Ano 304 – Muitos bispos querem ser chamados de papa (pai).

Matheus 23

8 Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
9 E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.

Ano 310 – Vicente – Algumas Igrejas começam a rezar pelos mortos
Ano 314 - Silvestre
Ano 320 - Uso de velas.
Ano 325 – O imperador Constantino celebra o primeiro concílio das Igrejas
Ano 350 – Crisóstomo
Ano 370 – Começa a veneração por pessoas cristãs que já morreram ou foram martirizadas. Culto dos santos, professado por Basílio de Cesaréia e Gregório
Nazianzo. Começa o uso das endumentárias e altares nas igrejas para agradar os novos convertidos que vinham de religiões pagãs.
Ano 381 – Proclamação da Igreja Católica (Universal) Apostólica Romana pelo Imperador Romano Teodósio.
Ano 384 – Genaro
Ano 394 – Após a criação da igreja católica, o culto (espontâneo) passou a ser missa (com rituais)
Ano 400 - Iniciadas as orações pelos mortos e sinal da cruz.
Ano 416 – A igreja católica apostólica romana começa a batizar as crianças recém nascidas. Começaram a dizer que as crianças que morressem sem serem batizadas morriam pagãs e iam pro limbo.
Ano 431 – Instituído o culto a Maria. Maria é proclamada “Mãe de Deus”. Concílio de Éfeso.
Ano 500 - Origem do Purgatório,por Gregório,o Grande.
Ano 609 – Começa o Papado. Culto da Virgem Maria, por Bonifácio IV. Invocação da Virgem Maria, dos santos e dos anjos, estabelecida por lei na Igreja pelo Concílio de
Constantinopla.

Matheus 1:25 E (José) não a (Maria) conheceu até que deu à luz seu filho, o primogénito; e pôs-lhe por nome JESUS.


Matheus 13

54 E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas maravilhas?
55 Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão e Judas?
56 E não estão entre nós todas as suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto?

Marcos 3

31 Chegaram então seus irmãos e sua mãe; e, estando fora, mandaram-no chamar.
32 E a multidão estava assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora.

Lucas 2:48 E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para connosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos.

Ano 670 - Celebração da missa em latim, língua desconhecida do povo, pelo Papa
Gregório I.
Ano 758 - Confissão auricular, e absolvição, estabelecida como doutrina pelo IV
Concílio de Latrão, em Roma.
Ano 787 - Culto das imagens ordenado pela Igreja no II Concílio de Nicéia.
Ano 789 – Adoração a relíquias (pedaços de madeiras como se fossem da cruz de Cristo)
Ano 819 – A festa da assunção de Maria.
Ano 830 – Começa a se usar ramos e água benta.
Ano 880 - Canonização dos santos, por Adriano II.
Ano 933 – Canonização passa a ser comum.
Ano 965 - O Batismo de Sinos.
Ano 998 - Dia de Finados, Quaresma,jejum às sextas-feiras e na Páscoa.
Ano 1000 - Sacrifício da missa.
Ano 1074 - Instituição do celibato do Clero, por Gregório VII. Por medo de perder as propriedades para os herdeiros dos padres.
Ano 1075 – Os padres ainda casados são obrigados a se divorciarem.
Ano 1095 - Venda de indulgências plenárias,por Urbano II.
Ano 1115 – Confissão passa a ser artigo de fé
Ano 1125 - As primeiras idéias sobre a Imaculada Conceição de Maria, combatidas
por São Bernardo.
Ano 1164 - Os Sete sacramentos, por Pedro Lombardo, no Concílio de Trento.

•Batismo infantil
•Crisma
•Eucaristia
•Confissão
•Unção dos enfermos
•Ordem
•Matrimônio

Ano 1184 - A diabólica INQUISIÇÃO, chamada santa, pelo Concílio de Verona.
Ano 1200 - O rosário, por São Domingos. Hóstia substituiu a ceia (por motivo de economia)
Ano 1215 - Transubstanciação, pelo Concílio de Latrão.
Ano 1220 – Foi dito que a Hóstia era realmente o corpo de Cristo e devia ser adorada e respectiva adoração, por Inocêncio III.
Ano 1229 - Proibição da leitura das Bíblia aos leigos, pelo Concílio deTolosa.
Ano 1264 - Festa do Sagrado Coração, papa Urbano IV.
Ano 1303 – A Igreja católica apostólica romana se proclama como a única ce verdadeira igreja de Cristo sobre a terra.
Ano 1311 - Procissão do SS. Sacramento, papa João XXII.
Ano 1317 - Oração da Ave-Maria, papa João XXII.
Ano 1414 - Proibição de vinho aos fiéis, na Santa Comunhão, pelo Concílio de
Basiléia, determinando o uso do CÁLICE somente pelos sacerdotes.
Ano 1439 – Os sete sacramentos e o purgatório se tornam artigo de fé (não se pode mais se discutir sobre o assunto)
Ano 1476 – Missas passam a serem pagas.
Ano 1517 – Monge Martinho Luthero se revolta contra a igreja (início do movimento protestante)
Ano 1529 – O Papa Clemente VII tentou proibir a pregação do evangelho na Alemanha
Ano 1546 - Aceitação dos livros apócrifos, pelo Concílio de Trento.
Ano 1558 – Padre José de Anchieta assassina na Baia de Guanabara o 1º Pastor Protestante (Holandês) que desembarcou no Brasil para pregar o evangelho.
Ano 1562 – A missa passa a ser uma oferta e o culto aos santos passa a fazer parte da reza , missa e adoração católica.
Ano 1563 - Igualdade entre a Tradição e a Palavra de Deus, Concílio de Trento.
Ano 1573 – Estabelecida a canonicidade dos livros apócrifos
Ano 1854 - A Imaculada Conceição da Virgem, papa Pio IX.
Ano 1864 – O papa declara sua autoridade total. O papa Pio IX declara que a propaganda da bíblia é uma peste.
Ano 1870 - A infalibilidade do papa, Concílio do Vaticano.
Ano 1950 - Assunção de Maria transformado em artigo de fé.

Origem da Igreja Católica

Essa Igreja originalmente pura, em termos doutrinários mereceu elogios de Paulo (Romanos 01.08), todavia, como as demais, experimentou problemas doutrinários de várias ordens, bastamos mencionar os grupos heréticos que já permeavam as Igrejas daquela época, que são OS GNÓSTICOS, OS NICOLAÍTAS, OS JUDAISANTES, sem falar nos diversos grupos pagãos que "convertidos" exerceram forte influência sobre a Igreja e assim, aos poucos, a Igreja de Roma assimilou crenças alheias à Igreja Primitiva admitindo no seu seio membros que não confessavam a conversão. Começou a ensinar a salvação através das obras, do batismo, do batismo infantil, etc... ,chegando até mesmo a aceitar o pagão Imperador Constantino como seu chefe supremo, no ano de 313 d.c e assim agora associada ao Estado, cheia do Poder Temporal, estabeleceu uma forte aliança, tendo como cabeça o Papa.

OS DESVIOS DA IGREJA CATÓLICA - Esta nada tem a ver com a Igreja Cristã Primitiva. A hierarquia romana passou a ser exercida através do bispo anacreto, entre 154-165 d.c , a partir daí , possuidora do poder político-temporal, começou a subjugar as demais Igrejas que a ela se submetiam, porém existiam Igrejas que não permitiam esse domínio, ou seja , não se curvaram diante da toda "Poderosa Igreja Romana", por isso veio uma tremenda perseguição.

Datas Importantes


180 d.c - a Igreja Católica dispensou, como qualificação , para o batismo , a conversão.
197- começou um movimento herético, comandado pelo bispo de Roma, contra a Divindade de Cristo.
370- é quando Basílio de Cesaréia e Gregório de Nazianzo introduzem o culto aos santos.
400- é introduzida na Igreja , a oração pelos mortos e o sinal da cruz.
401- ano em que Maria foi proclamada a MÃE DE DEUS.
440- o bispo Leão I é considerado pelos historiadores como sendo o primeiro Papa.
600- o Papa Gregório I institui a missa e o latim como lingua oficial nas missas.
609- começa o papado com poder central.
758- entra no oriente com dogma a confissão de pecados, conhecida como confissão Auricular.
789- neste ano o concílio de Nicéia introduziu as imagens de escultura e relíquias religiosas.
819- ano da ascensão de Maria, isto é , Maria teria subido ao céu em forma corpórea.
880- ano da canonização
998- por decreto papal é estabelecido o dia de finados.
1000- é estabelecido o canom da missa.
1074– ano que o papa Gregório VII proíbe o casamento dos padres e o divórcio entre os casais.
1090– ano que Pedro o Eremita encaixa o rosário.
1095– o papa estabelece as indulgências, isto é, paga-se para ser perdoado.
1100– o papa decreta a missa paga.
1100– o culto aos anjos.
1115- a confissão auricular passa a ser artigo de fé.
1125– surge a idéia da Imaculada Conceição de Maria pelo cónegos de Lion.
1186– neste ano surgiu a maior aberação de toda História , a mal falada " Santa Inquisição", promovida pelo concílio de Verona na Itália.
1200– uso obrigatório do rosário , por São Domingos, chefe supremo da já denominada Santa Inquisição.
1215- Quarto concílio de Latão , estabelecimento do dogma da transubstanciação.
1220– surge a adoração à hóstia.
1229– realiza-se o concílio de toloza e proíbem a leitura da Bíblia.
1264– foi implantado o Sagrado Coração de Jesus.
1303–a Igreja Católica declara que somente nela há salvação.
1317- o papa João XXII ordena a oração da Ave Maria.
1414– ano em que ficou definido que a hóstia seria para o povo e a partir daí o vinho ficou restrito aos sacerdotes.
1439– ano que por decreto do papa o dogma do purgatório{ criado em 696 pelo papa Gregório- O GRANDE} passa a ser artigo de fé.
1546– o papa mais uma vez deixa a sua Igrefa mais distante de Deus , conferindo a tradição a mesma autoridade da Bíblia.
1547– o concílio de Trento transforma em lei os setes sacramentos.
1562– a missa é declarada propiciadora , ou seja , com o poder de perdoar.
1562– o culto aos santos.
1563– volta a se reunir o concílio de Trento e confirma a doutrina do purgatório.
1573– a Bíblia sofre outro ataque , acrescenta-lhes os livros Deuterocanônicos ou apócrifos , os quais são Tobias , Judite , Macabeu I , Macabeu II, Sabedoria , Eclesiástico , Baruk.
1854– define-se o dogma da Imaculada Conceição de Maria.
1864– em concílio realizado no Vaticano faz-se a declaração da autoridade papal sobre toda Igreja.
1870– o papa torna-se infalível.
1950– a Igreja transforma em artigo de fé a assunção de Maria