Domingo - Dia Cristão ou Pagão?

Uma vez que o Sábado desempenha um papel vital na adoração a Deus como Criador e Redentor, não deveria constituir surpresa o fato que Satanás tem levado adiante uma guerra sem trégua na tentativa de subverter essa sagrada instituíção.
Em parte alguma autoriza a Bíblia a mudança do dia de adoração que Deus instituiu no Éden e reafirmou no Sinai. Outros Cristãos, eles proprios observadores do domingo, reconhecem isso. O cardeal Católico Tiago Gibbons escreveu em certa oportunidade: "Você poderá ler a Bíblia do Genesis ao Apocalipse, e não encontrará uma única linha autorizando a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do Sábado"

Se não existem evidências Bíblicas de que Cristo ou os discípulos mudaram o dia de adoração do Sábado para o domingo, porque então a igreja católica alterou o mandamento para "santificarás as festas e o Domingo"?


O Surgimento da Observãncia do Domingo

A Igreja de Roma, composta em grande medida de crentes gentios (Rom. 11:13), liderou a tendência no tocante à adoração dominical. Em Roma, a capital do império, existiam fortes sentimentos anti-judaicos, os quais se tornaram ainda mais forte com o passar do tempo. Reagindo a tais sentimentos, os cristãos da cidade procuraram mostrar que eram diferentes dos judeus. Abandonaram algumas práticas que tinham em comum com os judeus e iniciaram a tendência de afastar-se da adoração no sábado, caminhando gradualmente para a adoração exclusiva no domingo

So segundo ao quinto séculos, à medida que crescia a influência do domingo, os cristãos prosseguiam observando o sábado em praticamente todos os lugares do império Romano. Sócrates, historiador do quinto século, escreveu: "Praticamente todas as Igrejas do mundo celebram os sagrados mistérios no sábado, todas as semanas, embora as igrejas cristãs de Alexandria e Roma, por conta de algumas tradições antigas, tenham deixado de fazê-lo"

No quarto e quinto séculos muitos cristãos adoravam tanto no sábado como no domingo. Sozomen outro historiador desse período escreveu: "O povo de Constantinopla, e praticamente todos os demais lugares, reúnem-se no sábado, bem como no primeiro dia da semana, costume esse nunca observado em Roma ou Alexandria". Essas referências indicam a liderança de Roma no processo de abandono do Sábado como dia de guarda.

Por que razão aqueles que estavam abandonando o Sábado como dia de adoração escolheram o domingo, e não qualquer outro dia da semana? Simples, para eles, a ressureição de Jesus no domingo era motivo forte para santificação nesse dia. Porém, a Bíblia não autoriza essa mudança em nenhuma de suas páginas.


A Veneração do Sol e a guarda do Domingo

A popularidade e influência que a veneração do sol por parte dos pagãos do império trazia consigo, indubitavelmente contribuiu para tornar crescente a aceitação do domingo como dia de adoração. A adoração do sol ocupava lugar importante no mundo antigo. Representava um dos mais antigos componentes da religião Romana. A partir do segundo século D.C, o culto do Sol Invictus tornara-se dominante em Roma e em outras partes do império.

O quarto século testemunhou a introdução de leis dominicais. Em primeiro lugar, foram impostas Leis Dominicais de carácter civil, depois vieram as leis dominicais de carácter religioso. O imperador Constantino estabeleceu o primeiro decreto dominical civil em 7 de março de 321 D.C. Em vista da popularidade do domingo entre os adoradores pagãos do sol e da estima que muitos cristãos lhe dedicavam, Constantino tinha a esperança de que, tornando o dia de domingo santo obteria ele apoio tanto dos pagãos quanto dos Cristãos em favor do seu governo.

O decreto dominical de Constantino refletia suas próprias origens como adorador do sol. Diz o texto:

“Que os juízes e o povo das cidades, bem como os comerciantes, repousem no venerável dia do Sol. Aos moradores dos campos, porém, conceda-se atender livre e desembaraçadamente aos cuidados de sua lavoura, visto suceder freqüentemente não haver dia mais adequado à semeadura e ao plantio das vinhas, pelo que não convém deixar passar a ocasião oportuna e privar-se a gente das provisões deparadas pelo céu.”

Várias décadas mais tarde, a Igreja seguiu seu exemplo. O Concilio de Laodicéia (encerrado em 364 D.C) emitiu a primeira Lei Dominical eclesiástica. No Cânone 29, a Igreja estabeleceu que os cristãos deveriam honrar o domingo e "se possivel não trabalhar nesse dia", ao mesmo tempo em que se denunciava o repouso no Sábado, instruindo os cristãos a não ficarem "inativos" nesse dia.

“Os cristãos não devem judaizar, ou estar ociosos no Sábado, mas trabalharão nesse dia; o Dia do Senhor (Domingo), entretanto, o honrarão especialmente; e como Cristãos não devem se possível fazer qualquer trabalho nele. Se, porém, forem achados judaizando, serão separados de Cristo”.



As Enciclópedias do mundo todo confirmam que a base da adoração no domingo se dá em raízes pagãs.

Na Enciclopédia Britânica podemos ler claramente:
“O mais antigo reconhecimento da observância do domingo como uma obrigação legal é uma constituição de Constantino, de 321 d.C., decretando que todas as cortes de justiça, habitantes de cidades e oficinas repousassem no (venerabili die Solis), exceção feita apenas àqueles que estivesses ocupados em trabalho de agricultura”. - Enciclopédia Britânica (11ª Edição.) Artigo - “Domingo".

“Constantino o Grande fez uma lei para todo o império, (321 d.C.), instituindo que o Domingo fosse observado como dia de repouso em todas as cidades e vilas; mas permitindo que os camponeses prosseguissem em seus trabalhos”. - Enciclopédia Americana, artigo Sábado.

“A idéia de transpor a solenidade do Sábado para o Domingo, é uma idéia estranha ao cristianismo primitivo. O Domingo foi justaposto ao Sábado”.“Foi um ecletismo político de Constantino que queria agradar tanto a cristãos como a pagãos adoradores do sol”.
A Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Vol. IX pág. 232 item Domingo.



Em 538 D.C, o Terceiro Concílio de Orleans da Igreja Católica Romana emitiu uma lei mais severa que a de Constantino. O cânone 28 desse concílio diz que no domingo "mesmo a agricultura deve cessar seus labores, de modo que as pessoas não sejam privadas de frequentar a igreja".

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