Origem da Adoração à Maria

A falsa adoração a uma deusa-mãe, rainha dos céus, senhora, madona etc. teve início na antiga Babilônia e se espalhou pelas nações até chegar a Roma. Os gregos adoravam Afrodite; em Éfeso, a deusa era Diana; Isis era o nome da deusa no Egito. Muitos desse tipo de adoradores "aderiram" ao catolicismo em Roma para ficarem mais próximos do poder, haja vista que o Império Romano no século III adotou o cristianismo como religião oficial. Então, esses "cristãos" nominais levaram suas práticas idólatras e pagãs para a Igreja de Roma. Em vez de coibir o abuso e conduzir os fiéis pelos caminhos da fé exclusiva em Deus, os líderes do catolicismo romanos contemporizaram a situação: aos poucos as imagens pagãs foram substituídas por imagens cristãs; os deuses pagãos, substituídos pelos santos cristãos (os santos bíblicos) e, na esteira desse sincretismo religioso, a santa Maria surgiu como "Mãe de Deus", "Senhora", "Sempre Virgem", "Concebida sem Pecado", "Assunta aos céus", "Mediadora e Advogada", Co-Redentora.


ASSUNÇÃO DE MARIA

"Assunção de Maria" significa que Maria subiu ao céu em corpo e alma, levada por seu Filho. Tal ensino não encontra amparo nas Sagradas Escrituras. É claro que a santa Maria está no céu, lugar para onde vão todos os que morrem em Cristo. Diz o ex-padre José Barbosa de Sena Neto, em suas "confissões": "A coisa mais espantosa dessa doutrina é que não tem nenhuma prova bíblica". E o ex-padre conclui: "O Papa Pio XII (que promulgou essa doutrina) disse que "qualquer um que doravante duvide ou negue esta doutrina apostatou totalmente da divina fé católica; isto - continua o ex-padre - significa que é pecado mortal para qualquer católico romano recusar-se a crer nessa fantasiosa doutrina!" A Tradição diz que Maria foi assunta ao céu de corpo e alma, e o Senhor a elegeu Rainha do Universo. É o caso de se perguntar: Quem viu? Quem escreveu? Onde está escrito?

Que Maria está na glória não há dúvida, mas não que tenha ressuscitado. São incontáveis os santos que se encontram no Paraíso, aguardando a plenitude dos tempos para ressuscitarem num corpo espiritual (1 Tessalonicenses 4.16-17).


CONCEBIDA SEM PECADO

As expressões "concebida sem pecado" e "imaculada" são comuns nas rezas e escritos romanos. O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi definido no ano de 1854.

A única forma de Maria ter sido gerada sem pecado seria mediante a intervenção direta do Espírito Santo no ventre de sua mãe, tal como aconteceu com Jesus. E essa exceção teria registro prioritário na Bíblia.

Contrariando a Tradição, a Palavra de Deus declara de modo enfático, sem rodeios: "POIS TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS, E SÃO JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE PELA SUA GRAÇA, PELA REDENÇÃO QUE HÁ EM CRISTO JESUS" (Romanos 3.23). Como resultado da desobediência de Adão e Eva, TODOS somos pecadores; todos herdamos a natureza pecaminosa do primeiro casal; todos fomos atingidos pelo "pecado original". A Bíblia fala em TODOS. Todos, sem exceção. Dos santos do Antigo Testamento (Noé, Abraão, Moisés, Josué, Davi, Elias, Isaías, dentre outros) aos do Novo Testamento (Mateus, João, João Batista, Paulo, Pedro, José, Maria e outros), todos pecaram e necessitaram da graça de Deus para serem justificados. No Salmo 51.5, Davi reconhece a sua propensão natural para o pecado: "Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe". Maria venceu essa natureza pecaminosa porque confiava e cria em Deus, seu Salvador (Lucas 1.46-47).

E ainda: "PELO QUE, COMO POR UM HOMEM ENTROU O PECADO NO MUNDO, E PELO PECADO A MORTE, ASSIM TAMBÉM A MORTE PASSOU A TODOS OS HOMENS, PORQUE TODOS PECARAM" (Rm 5.12). Ora, "semente gera semente da mesma espécie". Uma semente de manga vai gerar manga. Assim acontece com a laranja, com o abacate e com as demais frutas. Assim aconteceu com os homens. Somos da semente de Adão. Jesus foi o único que não herdou a maldição do pecado porque Ele foi gerado pelo Espírito Santo. "Todos estão debaixo do pecado. Não há um justo. Nem um sequer" (Rm 3.9c, 10). Em lugar nenhum da Bíblia está escrito que a santa Maria foi uma exceção. Maria está incluída no "TODOS PECARAM". A própria Maria, mãe de Jesus, reconheceu ser pecadora, quando disse: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador" (Lc 1.46-47). Ora, uma pessoa sem mácula, sem mancha, sem pecado não precisa de Salvador. Ela declarou que sua alma necessitava ser salva. Ela clamou pela graça salvadora de Deus, pois "pela graça somos salvos, mediante a nossa fé" (Efésios 2.8).

Em oposição a essa verdade, dizem os romanistas que para gerar um ser puro - Jesus - Maria teria que ser de igual modo pura, porque um ser impuro não poderia acolher um ser puro. Ora, se admitido como verdadeiro e correto tal raciocínio, teríamos de admitir que a mãe de Maria deveria ser também pura para carregar no seu ventre uma pessoa imaculada. A avó de Maria, por sua vez, teria que ser pura. E, nesse passo, chegaríamos ao primeiro casal Adão e Eva. E estaríamos dizendo que a Palavra de Deus é mentirosa, quando afirma: Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3.23; 5.12).


A SEMPRE VIRGEM MARIA

A Igreja de Roma assegura que a santa Maria, mãe de Jesus, conservou-se virgem até a sua morte:

"Maria permaneceu Virgem concebendo seu Filho, Virgem ao dá-lo à luz, Virgem ao carregá-lo, Virgem ao alimentá-lo de seu seio, Virgem sempre" (C.I.C. p. 143, # 510).

Antes do nascimento de Jesus, Maria e José não mantiveram relações íntimas. Nascido Jesus, e passado o período pós-parto, o casal passou a ter uma vida normal de marido e mulher e teve os seguintes filhos: Tiago, José, Simão, Judas e, no mínimo, duas filhas. Esta opinião está alicerçada nos textos abaixo:

"Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs?" (Mateus 13.55-56; Marcos 6.3).

Corroborando essa afirmação, lemos no mesmo livro de São Mateus:

"Estando Maria, sua mãe (mãe de Jesus), desposada com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu marido, sendo justo e não querendo difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Projetando ele isso, em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher. Mas não a conheceu até que ela deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus" (Mt 1.18-20, 24-25).

A expressão "ATÉ QUE" - "não a conheceu até que ela deu à luz um filho" - indica um limite de tempo. Poderíamos traduzir assim: José não manteve relações íntimas com Maria enquanto ela estava grávida de Jesus, aliás, em cumprimento à profecia: "a virgem conceberá e dará à luz um filho ..." (Isaías 7.14). Isto é, até o nascimento de Jesus ela manteve-se virgem. Os romanistas interpretam o texto de forma diferente. Dizem que a abstinência de José manteve-se depois do parto de Maria. Para mim, a expressão é clara. Veja o exemplo de uma ordem de uma mãe ao filho: "Você deve ficar em casa até que eu volte". Então, enquanto a mãe não voltar, o filho ficará em casa. A proibição alcança o tempo em que aquela mãe estiver fora de casa. Depois do seu retorno, o filho poderá sair de casa. Comparativamente, enquanto não nasceu Jesus, José respeitou a virgindade de sua mulher. Jesus realmente nasceu de uma virgem, conforme a Escritura, mas nada prova que Maria tenha continuado virgem.

Lembremo-nos, finalmente, de que Maria "deu à luz a seu filho primogênito..." (Lucas 2.7a).

Primogênito, segundo o Dicionário Aurélio, diz-se "daquele que foi gerado antes dos outros, que é o filho mais velho". Jesus foi, portanto, o filho mais velho de José e Maria, conforme Mateus 13.55-56. Já na relação Deus Pai e Deus Filho, Jesus é chamado de unigênito, único, tal como definido em João 3.16. São Mateus não iria usar uma expressão que causasse alguma dúvida. Se Jesus fosse o único filho, Mateus usaria certamente a expressão UNIGÊNITO, que significa filho único, conforme diz o Dicionário Aurélio.


MÃE DE DEUS

"Maria é verdadeiramente a "Mãe de Deus", visto ser a mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus" (C.I.C. p.143, # 509).

"Por isso o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio" (C.I.C. p.131, # 466).

A Bíblia causa uma certa inquietação e até temor. O temor do confronto. A Palavra, como um espelho, coloca às claras nossas imperfeições, rugas, pecados. E, em face disso, somos movidos a tomar uma decisão. Desprogramar de nossa mente o que foi armazenado durante cinco séculos é tarefa árdua. Bom para muitos é deixar rolar, na onda do "me engana que eu gosto".

A Bíblia nos revela, de Gênesis a Apocalipse, que Deus é o nosso Pai, o Criador de todas as coisas. A oração-modelo ensinada por Jesus começa assim: "PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS".

Todos os que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador passam a ser filhos de Deus: "PORQUE TODOS SOIS FILHOS DE DEUS PELA FÉ EM CRISTO JESUS" (Gálatas 3.26). "Vós sois filhos do Deus vivo" (Oséias 1.10c).

Maria sempre foi temente a Deus; era justa aos olhos de Deus; creu em Jesus, nas suas palavras, na Sua morte e ressurreição. E, assim, ela foi constituída filha de Deus.

Quando Jesus disse a Nicodemos que era necessário nascer de novo para ver o reino de Deus, Ele não excluiu sua mãe do processo (Jo 3.3). Também, a declaração de Jesus, a seguir, confirma que sua família - mãe, pai e irmãos - necessitava de submissão a Deus e obediência à Sua Palavra para ser salva:

"Chegaram então seus irmãos e sua mãe e, estando de fora, mandaram-no chamar". A multidão estava assentada ao redor dele, e lhe disseram: "Tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora". Jesus lhes perguntou: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" Então, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Portanto, "QUALQUER QUE FIZER A VONTADE DE DEUS, ESTE É MEU IRMÃO, IRMÃ E MÃE (Marcos 3.31-35). Jesus nivelou sua mãe e seus irmãos a todos os que obedecem a Deus.

Em certa ocasião Jesus não permitiu que tivesse prosseguimento a tentativa de exaltar sua mãe. Vejamos:

"Dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão levantou a voz, e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste! Mas Jesus respondeu: Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam." (Lucas 11.27-28).

Deus é eterno, não teve começo, não foi gerado, e não terá fim. Deus não tem mãe, nem pai. Maria não pode ser mãe do seu Criador e Salvador. Maria não pode ser mãe do seu próprio Pai. A criatura não pode ser mãe do Criador. A santa Maria foi escolhida foi por Deus para que em seu ventre o Verbo se fizesse carne. Mas o Verbo, o Deus Filho, este sempre existiu porque eterno. O Verbo não foi gerado por Maria. Leia-se:

"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vemos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1.1-3, 14).

Esta é uma afirmação da eternidade de Jesus: Ele estava no princípio, esteve presente na Criação, estava com Deus, é Deus. Logo, um ser humano finito e limitado (Maria) não poderia gerar um ser eterno, divino, infinito e ilimitado. A Tradição confirma a eternidade de Jesus, quando diz que Maria é a Mãe do Filho Eterno de Deus. Ora, o eterno não é gerado e não cabe na vida finita de um ser que precisou ser gerado.


RAINHA DO UNIVERSO

Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta de corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo". (C.C. p. 273, # 966).

Nada do que foi dito acima bate, como já analisado, com a Bíblia. Ao afirmar que Maria detém a posição de Rainha do Universo, a Tradição admite que ela é Rainha de Todas as Coisas. Lamentavelmente, o Catecismo Católico não cita uma só passagem bíblica que confirme essa declaração. Deus não divide a sua glória com ninguém. Vejam o que está escrito na Bíblia a respeito da adoração a uma falsa deusa, chamada de "Rainha dos Céus":

"Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos Céus; e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira" (Jeremias 7.18).

Ora, eles faziam isso em nome da Tradição. Vejam:

"... Queimaremos incenso à deusa chamada Rainha dos Céus e lhe ofereceremos libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes temos feito..."(Jeremias 44.17).

A Bíblia ensina que honra e glória pertencem ao Senhor: "Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças" (Apocalipse 5.12). O nome que está exaltado é o de Jesus, não é o da "Rainha do Universo"

Vejam: "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2.9-10). Portanto, só devemos dobrar nossos joelhos para adorar ao Rei dos reis e Senhor dos senhores.


AS IMAGENS DE MARIA E O SEGUNDO MANDAMENTO

"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não re encurvarás a elas nem as servirás" (Êxodo 20.4-5).

"Não farás para ti" - Entende-se a posse do objeto quando destinado ao culto, à homenagem, à prece, à veneração. Deus não condena as obras de arte, escultura ou pintura de valor histórico e cultural.

"Nem alguma semelhança do que há em cima nos céus" - Não encontramos diferenças relevantes de tradução nas versões consultadas. A proibição não alcança apenas as imagens dos deuses, mas diz respeito, também, ao que existe nos céus: A Trindade (Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo), os anjos e os salvos em Cristo. Logo, estátuas de Jesus, dos santos apóstolos, de Maria, e de quantos, pelo nosso julgamento, estejam no céu, não devem ser objeto de culto.

"Não te encurvarás a elas" - Deus proíbe qualquer atitude de reverência ou respeito, tais como inclinar respeitosamente o corpo ou ajoelhar-se diante das imagens; prostrar-se com o rosto no chão; tocá-las; beijá-las; levantar os braços em atitude de adoração; tirar o chapéu; ficar em pé diante delas em estado contemplativo. Enfim, Deus proíbe fazer qualquer gesto com o corpo que expresse admiração, contemplação, fé, devoção, homenagem, reverência.

"Não as servirás" - Não servi-las com flores, velas, cânticos, coroas, festas, procissões, lágrimas, alegria, rezas, vigílias, doações, homenagens, devoção, sacrifícios, incenso. Não lhes devotar fé, confiança, zelo, amor, cuidados. Não alimentar expectativas de receber delas amparo, curas e proteção. Não colocá-las em lugar de destaque, em redoma ou em lugares altos.

"No entanto, Deus ordenou... a serpente de bronze, a Arca da Aliança, os querubins"...

A Arca da Aliança e os querubins passaram. Eles faziam parte de cerimônias e símbolos instituídos por Deus, de acordo com sua infinita sabedoria e soberana vontade, para melhor conduzir o povo em sua fé. Agora, vindo Cristo, temos "um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue..." (Hebreus 9.11).

A serpente de bronze - Este símbolo tão zelosamente defendido pela Igreja de Roma foi um remédio específico para um mal específico numa situação especial (Números 21.7-9). Agora, já não precisamos de figuras para nossos males físicos e espirituais. Como disse João Ferreira de Almeida, "o poder vivificante da serpente de metal prefigura a morte sacrificial de Jesus Cristo, levantado que foi na cruz para dar vida a todos que para Ele olharem com fé". O próprio Jesus assim se manifestou: "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.14-15). Deus não recomendou o culto, a homenagem ou a veneração à serpente. Por isso, o rei Ezequias, temente e reto aos olhos do Senhor, destruiu-a ao perceber que o povo lhe prestava culto (2 Reis 18.4). Ademais, não se vê em Atos dos Apóstolos qualquer indício de uso de figuras, ícones ou imagens destinados a facilitar a compreensão e conduzir os fiéis à salvação.

"A honra prestada às santas imagens é uma " veneração respeitosa", e não uma adoração, que só compete a Deus".

Venerar: "Tributar grande respeito a; render culto a, reverenciar";
Culto: "Adoração ou homenagem à divindade em qualquer de suas formas, e em qualquer religião";
Adorar: "Render culto a (divindade); reverenciar, venerar, idolatrar".

Como se vê, é muito tênue a linha entre honrar, venerar, adorar e prestar culto. Vejamos o que Deus afirma: "Eu sou o Senhor. Este é o meu nome. A minha glória a outrem não a darei, nem a minha honra às imagens de escultura" (Isaías 42.8). Na Bíblia Linguagem de Hoje: Eu sou o Deus Eterno: este é o meu nome, e não permito que as imagens recebam o louvor que somente eu mereço." Na Bíblia Ecumênica, católica: "Eu sou o Senhor, este é o meu nome: eu não darei a outrem a minha glória, nem consentirei que se tribute aos ídolos o louvor que só a mim pertence".

Dizer que o culto a Maria e à sua imagem esculpida é apenas uma veneração, não condiz com a realidade. Há um descompasso enorme entre o discurso e a prática. Não pode ser negado o que é público e notório. Maria é realmente adorada como Rainha dos Céus, Senhora, Padroeira, Protetora, Mãe dos Vivos, Mãe da Igreja, Mãe de Deus, etc. E isso constitui pecado. Jesus disse e está escrito em Mateus 4.10: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás". E o primeiro mandamento diz: "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20.3). Maria foi constituída a PROTETORA do Brasil e, especificamente, de muitas cidades brasileiras (Nossa Senhora de Aparecida, Nossa Senhora de Santana, Nossa Senhora do Ó, etc). Parece até que, para os romanistas, a evangelização via Maria se torna mais fácil do que pregando Cristo ressuscitado. Não foi essa a via utilizada pelos apóstolos nas primeiras pregações. Eles não endeusavam os santos, mas apresentavam Jesus, o Santo dos santos, como o único caminho.


"Veneramos a imagem de Maria como alguém que venera os retratos de familiares falecidos."

Esse argumento é um dos mais ingênuos. Ninguém em sã consciência adota os seguintes procedimentos com relação às fotografias de seus familiares falecidos: não as carrega em procissão; não canta louvores diante delas; não se ajoelha aos seus pés,nem na sua presença faz inclinação com o corpo em sinal de reverência; não faz qualquer pedido a esses mortos, salvo se numa sessão espírita; não usa essas fotos como amuletos, para alcançar algum benefício espiritual ou material. Por isso, o uso que fazemos dos retratos de entes queridos é completamente diferente do uso que os católicos fazem das imagens dos santos.

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